A Oi S.A. registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 1,64 bilhão para o primeiro trimestre de 2016, impactado majoritariamente pelo resultado financeiro, de acordo com a empresa.
A receita operacional líquida registrada foi de R$ 6,75 bilhões para o período e a receita líquida total da operação brasileira soma R$ 6,54 bilhões – queda de 4,4% no comparativo com mesmo período do ano anterior.
Como no último balanço apresentado pela companhia, Bayard Gontijo, CEO da Oi, continua afirmando que o cenário macroeconômico do País contribuiu para os resultados desfavoráveis. Em função da queda nas receitas, impactadas por esse cenário, o ebitda de rotina Brasil para o primeiro trimestre foi de R$ 1,68 bilhão, queda de 12,6% em comparação com o mesmo trimestre de 2015.
Apesar disso, o executivo ressaltou ainda que a companhia foi a única das quatro operadoras no País a ganhar market share nos últimos 12 meses.“Apesar da inflação [9,4% no período] fomos capazes de manter o controle de gastos”, observou Gontijo, que se apresentou em teleconferência realizada na manhã desta quinta-feira (12/5). “Um dos principais objetivos do nosso plano é eliminar ineficiências e nos tornarmos mais produtivos”, pontua.
Para recuperação, a operadora permanece com estratégia baseada nos pilares dados, digitalização, convergência e
controle de gastos para conseguir crescer de forma sustentável, de acordo com o CEO.“É importante saber que estamos investindo continuamente em rede e arquitetura de TI a fim de manter o nosso crescimento [sustentável]”, disse.
Gontijo afirmou durante a teleconferência que não pode divulgar mais detalhes sobre as soluções traçadas para a diminuição do endividamento da empresa além do já publicamente sabido, devido a questões legais. A companhia está sendo orientada pela PJT Partners nesse sentido.
Regulamentação
Gontijo também destacou a posição da empresa com relação à revisão no modelo de concessão de telefonia fixa no País. A expectativa da Oi, de acordo com ele, a revisão resultaria em benefícios tanto para a empresa quanto “para o futuro do setor”, completa.
Também para o semestre, a empresa espera uma definição para sua solicitação no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que resultaria na troca de multas por investimentos de interesse público. Segundo o CEO, a Oi conseguiu três votos em cinco a favor na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A avaliação, quando encerrada, segue para o Tribunal de Contas da União para, então, possibilitar o ajustes.
Mercado B2B
A empresa destacou sua participação no segmento corporativo, com dados e serviços de TI, por meio de investimentos em digitalização e melhorias na experiência do cliente.
No segmento PMEs, como resultado de todas as medidas estruturais realizadas em 2015, a Oi apresentou evoluções no trimestre, com 65,8% de aumento nas adições brutas e 16% de redução nas contestações relativas a faturas. Gontijo destacou a oferta
Oi Mais Empresas, que possui atualmente 80 mil PMEs cadastradas, as quais apresentam índice de 92% de satisfação.