O que o varejo ganha com a transformação digital?

Termos como big data, internet das coisas (IoT) e computação em nuvem estão cada vez mais presentes em diversos setores, e com o varejo não é diferente. Esses elementos fazem parte do conceito de transformação digital, que contempla as adaptações realizadas pelas empresas para satisfazer as exigências tecnológicas atuais do seu público. O estudo “Digital Business Research Index”, realizado pela Dell Technologies, mostra que o país é o segundo mais maduro tecnologicamente para impulsionar a transformação digital, atrás apenas da Índia. A observação é de Walter Sabini Junior, sócio-fundador da FX Retail Analytics, empresa que oferece inteligência para o varejo por meio do monitoramento de fluxo.

Segundo ele, o varejo tradicional percebeu que em uma época de instabilidade econômica e com a concorrência cada vez mais forte, ter inteligência na gestão impulsiona o crescimento dos negócios. “Entretanto, se o comércio eletrônico consegue extrair com mais facilidade as análises das operações, o varejo físico precisa se desdobrar para buscar informações que indiquem a eficiência do estabelecimento”, aponta.

Muito tem se falado sobre o compartilhamento das práticas entre os mundos físico e digital, lembra. Até pouco tempo, prossegue, as lojas físicas não desfrutavam de tecnologias equiparadas ao meio online, que pudessem de alguma forma trazer dados com precisão e em tempo hábil para tomadas de decisão.

O investimento em tecnologia para os estabelecimentos comerciais abrange alternativas como dispositivos multisensores de IoT, que, instalados em ambientes de venda, emulam a prática de web-analytics, ou seja, a capacidade do e-commerce de mensurar o comportamento de clientes no ambiente offline. Diferentemente de metodologias precursoras, essa inovação consegue entregar por meio do monitoramento de tráfego, índices exatos de conversão, atratividade, lealdade, frequência, entre outros indicadores sobre o comportamento do cliente dentro de um estabelecimento comercial.

Dados que vão muito além da visão singular do faturamento com o objetivo de trazer à luz o nível de eficiência de qualquer ambiente de varejo, e que fornece insights para aprimorar o atendimento e o nível de engajamento do cliente por meio da tecnologia.

“A transformação digital é inevitável, necessária e disruptiva para o varejo. Por isso, é preciso entender o comportamento dos clientes para que essa mudança comece na cultura da companhia e reflita no atendimento na ponta. Entretanto, pequenas empresas ainda resistem em se modernizar. Isso precisa se tornar uma prioridade para o planejamento estratégico dos negócios, independentemente do tamanho do comércio, já que o futuro do varejo passa por revisões frequentes de modelos de negócio”, finaliza.

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