O que fintechs e abelhas têm em comum?

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12:03 pm - 22 de junho de 2016

Startups são consideradas disruptoras, porque chegaram para propor novos modelos de negócios em diversas vertentes da indústria. O segmento financeiro é um dos que atualmente enfrentam essa renovação proposta pelos novos entrantes chamados fintechs. Mas, em vez de vê-los como inimigos, a proposta é tê-los como aliados. Caso contrário, instituições financeiras poderão ficar para trás.

“Com a quarta revolução industrial, mais da metade das empresas da 500 da Fortune não existe mais”, comenta Bruno Pierobon, CEO da ZUP. Como, então, se reinventar? Para o executivo, a solução pode ser começar de novo. “Às vezes, é preciso destruir valor para ganhá-lo de outra forma”, observa ele, que se apresentou durante o Ciab, que acontece nesta semana, em São Paulo. “Para gerar valor no digital é preciso mudar.”

A lição das abelhas
Gustavo Stocco, head de estratégia e inovação do Banco Original, traçou paralelos para explicar a situação em que bancos se encontram hoje. O executivo comparou essas instituições financeiras a gorilas: grandiosos, porém um pouco mais lentos. “Quando se fala de banco, associa-se a tecnologias arcaicas, antigas e também à resistência”. Já fintechs são como abelhas, pequeninas, ágeis. 

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O principal diferencial delas – e que pode ensinar muito a outras empresas – é o modelo de atuação com foco no usuário. “O Uber não é Uber por causa da tecnologia”, conta, completando que qualquer um poderia desenvolver um aplicativo para chamar táxis. “Apertar o botão e garantir que o carro chegue em cinco minutos, que está limpo, esse é o desafio”, comenta.

O executivo conta que começou sua jornada em bancos e ressalta que, para entender o mundo no qual eles foram construídos é preciso primeiro identificar modificações que a transformação digital causa. “O mundo no qual bancos foram construídos é complicado. [Agora] Estamos indo para o mundo complexo”, diz. O primeiro é como a construção de um foguete. Quando se descobre como enviá-lo para a Lua com sucesso, replica-se a fórmula para outras pessoas e todos podem, então, construir um foguete também.

Já no mundo complexo, continua o executivo, é como criar uma criança. “Por mais que você aplique a mesma fórmula não vai conseguir criar duas crianças igualmente”, compara. “O mundo complexo não tem regras.”

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