O que 2016 reserva para o cenário de cibersegurança?

Cibersegurança é um dos assuntos mais discutidos da atualidade. Diversos casos marcaram 2015 e em 2016 não será diferente. O que podemos esperar desse mercado neste ano? O diretor de marketing de produtos para a América Latina da Hewlett Packard Enterprise Security, Eduardo Viana, compartilha algumas previsões dessa indústria. Veja abaixo:
1. Ataques cibernéticos irão melhorar os métodos de crimes tradicionais
Para não divulgar os pecados de suas vítimas, os hackers passaram a exigir resgate pelos dados confidenciais obtidos por meio de ataques a plataformas on-line. Casos como o do site de relacionamentos Ashley Madison tendem a se tornar cada vez mais comuns, simplesmente porque sua efetividade está confirmada.
Os crimes tradicionais auxiliados pelo roubo de informações por meio de invasões cibernéticas irão aumentar muito. A violação de dados do JP Morgan é outro exemplo perfeito. Na era moderna, às vezes, os meios para perpetuar um crime massivo são tão simples como a aquisição da lista de endereços de e-mail correta.
2. A guerra fria cibernética irá esquentar
Está chegando o dia no qual os ataques cibernéticos vão levar a retaliação militar. Apesar de Estados Unidos e China chegarem a um acordo de não utilizar ataques destinados a roubar propriedade intelectual, os EUA admitem que a guerra cibernética permanecerá em seu catálogo de capacidades ofensivas.
Corremos o risco de presenciar um incidente bélico, iniciado no mundo cibernético, em um grau jamais visto desde o auge da guerra fria. Na verdade, a tensão é tão alta que Rússia e Estados Unidos têm uma linha direta em caso de ‘acidentes’. Até agora, essas incursões não chegaram a exigir uma resposta militar, mas é apenas questão de tempo para esse dia chegar.
2. Problemas com cibersegurança poderão acabar com produtos
Quantas vulnerabilidades são necessárias para levar à decisão de que manter a produção de um produto já vale a pena? Estamos cada vez mais perto de descobrir. Em 2016, veremos uma grande quantidade de produtos morrendo devido a problemas de segurança, principalmente devido aos custos de correção de vulnerabilidades e reputação da marca.