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O papel do compliance para a saúde interna de uma empresa

Quando paramos para analisar as expectativas e projeções mercadológicas, é quase impossível fugir da transformação digital como fator primordial. E uma das maiores consequências desse fenômeno moderno foi a exigência generalizada por mais transparência, seriedade e harmonia no ambiente interno das companhias globais. A necessidade de aderir à uma nova postura fez com que diversas organizações parassem para observar os benefícios do compliance como política de complacência com as normas legais.

Com a popularização das mídias sociais e o peso adquirido por essas redes em relação ao mercado consumidor, tornou-se imprescindível algum tipo de resposta das marcas à essa exposição crescente. Reputação é palavra-chave na missão de se estabelecer como uma empresa consolidada, mas isso só pode ser alcançado com uma política de pleno respeito às leis.

Pensando em uma maior elucidação sobre o assunto, preparei esse artigo para que possamos analisar os reais impactos do compliance na estabilidade e sustentação de um ambiente empresarial, considerando seus benefícios e métodos práticos de aplicação.

O pilar central do compliance

Partindo para a teoria e o significado do termo em questão, podemos classificar a ideia de compliance como a preocupação máxima de colocar uma empresa em sincronia com a legislação, em todos os sentidos. Obrigações trabalhistas, tributárias, regulatórias, intitulações éticas e profissionais, são apenas algumas das implicações que exigem das empresas um cuidado cirúrgico. Qualquer resquício de descaso pode ocasionar punições severas.

É nesse contexto que a criação de normas, códigos internos e externos surge para contemplar essas obrigações. Resumidamente, o compliance é o firmamento de um compromisso inquebrável pelas empresas em cumprir o que foi estabelecido previamente, evitando imprevistos e consequências desfavoráveis. O mercado atual demanda posicionamentos do tipo por parte das companhias, que devem mostrar-se contrárias a atividades ilícitas e ações antiéticas.

Estar em compliance é fundamentar um terreno de pura transparência e flexibilidade dentro de uma empresa, e isso se estende para o bem-estar de funcionários e colaboradores. Não se trata de fazer marketing sobre esse fato, mas de se comprometer, genuinamente, com essa mudança total de mentalidade. Os resultados serão colhidos, em diversas vertentes.

Maior segurança e prevenção de riscos

Partindo do pretexto de que uma empresa orientada à cultura de compliance está em plena conformidade com a legislação, temos a liberdade de destacar uma das grandes vantagens dessa tendência empresarial: muito mais segurança e respaldo legal.

É comum encontrar empresas despreparadas e entregues à falta de organização com direitos e deveres da área trabalhistas, e a implementação de uma série de normas como garantia de segurança em todas as etapas, do processo de contratação à demissão, não só inibe contradições com as leis, como assegura um futuro organizacional saudável.

A normatização dessas medidas é democrática, afinal, todos passam a ganhar com os efeitos práticos do compliance. Colaboradores, executivos, funcionários, a estabilidade jurídica contempla profissionais sem distinção, reduzindo riscos e simplificando o cotidiano.

O valor dos colaboradores e a importância prática

Quem não deseja trabalhar em um local favorável ao desenvolvimento mútuo? Levando para a relação entre colaboradores e uma empresa, isso se torna indispensável. E sim, também é resultado direto do uso do compliance.

Com os colaboradores satisfeitos, a rotatividade será menor e o nível de custos será reduzido gradualmente. Além disso, a tendência é de que a produção interna seja cada vez maior e mais frutífera.

Agora que identificamos os vários benefícios que o compliance oferece, é importante relembrar a necessidade de se transferir teoria para o âmbito real; programas formais, sem nenhuma efetividade prática, não só colocarão a empresa em contradição com seus ideais, como poderão comprometê-la perante à justiça. Existem iniciativas públicas de órgãos de controle e auditoria nesse sentido, e o feitiço pode voltar, de fato, contra o feiticeiro. Qual é a sua opinião sobre compliance? Sente que sua empresa está de acordo com essa nova tendência?

*Régis Lima tem mais de 16 anos de experiência em Gestão de Equipes e atuação em cargos executivos de empresas nacionais e multinacionais do mercado de TI. Atualmente é diretor executivo na Lumen IT, sendo responsável pelas áreas comercial, financeira e de marketing da empresa.

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