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Novo BlackBerry KEYone, da TLC, tem teclado físico de 52 teclas

Os telefones BlackBerry com seus teclados físicos foram um objeto do desejo muitos anos antes da aparição do iPhone em 2007. No entanto, a marca hoje tem menos de 1% do mercado mundial de smartphones. Mas, ao que parece, a TCL Communication, empresa chinesa que também fabrica os smartphones Alcatel, está decidida a aumentar essa fatia.

Em um evento realizado em Barcelona no sábado, 25, antes da abertura do Mobile World Congress (MWC 2017), a empresa anunciou o lançamento de um novo modelo de smartphone chamado BlackBerry KEYone, que tem como diferencial um teclado físico de 52 teclas distribuídas em quatro fileiras. Um lance para lembrar os tempos de glória do BlackBerry.

Como nos tempos gloriosos do passado, a TLC parece querer buscar o interesse do mercado corporativo. O KEYone tem uma tela de 4,5 polegadas, touchscreen, o teclado físico de 52 teclas, e é turbinado por um rápido processador SnapDragon 625, rodando sistema operacional Android 7.1. Os funcionários da TLC chamaram o KEYone de “smartphone mais seguro do mundo” já que além do Android ele terá uma camada de segurança adicional da BlackBerry com uma ferramenta de segurança on-phone chamada DTEK.

Em sua terceira versão, o DTEK permite que um usuário verifique rapidamente se os aplicativos estão cumprindo as permissões de segurança que o usuário autorizou. Se um aplicativo tentar acessar a câmera do aparelho para tirar uma foto ou tentar ligar o microfone, por exemplo, o usuário pode ser alertado.

O KEYone tem várias características atraentes além da segurança, incluindo o processador SnapDragon, uma bateria de 3.505 mAh que pode ser carregada em 50% em apenas 36 minutos e uma câmera traseira de 12 megapixels acompanhada de câmera frontal de 8 megapixels. Para os consumidores que já se acostumaram com o teclado digital da tela touchscreen, o KEYone permite chavear o teclado físico para o modo tela.

Cada uma das 52 teclas físicas também pode ser configurada como um atalho personalizável. Por exemplo, a tecla “F” quando apertada, pode ser um caminho rápido para chegar ao Facebook, ou a tecla “C” pode ser personalizada para abrir a câmera.

A empresa informou que o teclado físico foi exaustivamente testados por usuários do BlackBerry que estão acostumados a usar as pequenas teclas físicas do smartphone. “Testamos em tudo o mundo. O usuário levaria dia apenas um dia para se acostumar com isso”, garante Steve Cistulli, presidente da TCL North America.

A TCL é licenciada pela BlackBerry para fabricar e distribuir o novo KEYone, mas a BlackBerry ainda controla o desenvolvimento de segurança do telefone, explica Cistulli. Todos os software de segurança relacionados ao KEYone serão compilados por engenheiros no Canadá, onde serão assinados e certificados o que, segundo Cistulli, é importante dada preocupação internacional de segurança cibernética sobre a nação de origem para software de segurança.

De olho na concorrência

O objetivo da TCL é aumentar a participação de mercado de 1% do BlackBerry nos EUA para 3% até 2020 e elevar a parcela atual de 5% no Canadá para 8% a 10%, disse Cistulli. “Vamos competir diretamente com a Apple e a Samsung”, diz o executivo. A TCL começará oferecendo o KEYone diretamente aos clientes da Blackberry, que representam um contingente de cerca de 275 milhões de pessoas globalmente, e depois vai atacar o mercado corporativo apostando em consumerização e na tendência do BYOD (Bring Your Own Device).

O smartphone será vendido em todo o mundo a partir de abril. Nos EUA vai custar US$549. Ele estará disponível nas principais operadoras norte-americanas, mas primeiro será vendido online, segundo a empresa.

A TCL também comercializa smartphones da Alcatel, de baixo custo, nos Estados Unidos, mas o KEYone será uma marca mais cara, diz Cistulli. “Temos que ir atrás da Samsung”, disse ele. “Não vai ser fácil, mas é uma oportunidade viável.”

Mesmo com os recursos de hardware e software do novo KEYone e todas os recursos de segurança, Cistulli admitiu que o maior desafio será o marketing do dispositivo em um mercado de smartphones lotado e competitivo. “O marketing é o próximo desafio”, disse ele. “Vamos entender que precisamos andar antes de correr”.

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