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Yoshiki: rockstar japonês está na vanguarda do uso de tecnologia no entretenimento

A presença massiva de japoneses na fila para o painel “AI & Ethics: art, creativity, tech”, no Dreamforce*, não foi mera coincidência. No palco estaria Yoshiki Hayashi – compositor, baterista, pianista e líder da icônica banda X Japan. Considerado um dos maiores compositores da história do Japão, Yoshiki é o único japonês a ser eternizado no TCL Chinese Theatre, em Hollywood, Los Angeles.

Mas, muito além da sua trajetória de sucesso nas artes, Yoshiki também é um expoente da combinação do entretenimento e tecnologia. Em agosto, o artista anunciou o Yoshiki+, comunidade na qual os fãs poderão desfrutar de conteúdos exclusivos, usando IA, podcasts e comunicação on-line com o próprio musicista.

Ele também anunciou o AI Yoshiki Project, que usa tecnologia para transformá-lo em um humano digital. AI Yoshiki conversará livremente com os fãs não apenas no Japão, mas em todo o mundo.

“Decidi fazer a IA porque, se eu não fizesse, mais cedo ou mais tarde alguém criaria uma IA minha”, contou ele no painel. Entretanto, ele frisou que a indústria do entretenimento está preocupada com o avanço da tecnologia e como a IA poderá mudar o mundo das artes.

Leia também: Marc Benioff: desafio contra concorrentes é mostrar quem é a “Coca-Cola” e a “Pepsi” do mercado de IA

“A indústria de entretenimento está muito preocupada. Mas, no campo da arte, passo semanas compondo músicas. Tenho altos e baixos e o processo de fazer arte também é arte. A tecnologia pode criar, mas ela não tem o processo. Por isso, estou confiante de que, hoje, o artista humano é diferente. No entanto, não posso prever o futuro. Daqui a centenas de anos, a música será feita por humanos ou IA?”, questionou ele.

Yoshiki não subestima as possibilidades da inteligência artificial, mas diz que existem diferentes aspectos que deverão se adaptar. Por exemplo, todas as músicas criadas atualmente por IA aprenderam a partir de canções já compostas anteriormente, esbarrando em questões de direitos autorais.

“Sou parte do ecossistema. Crio música, mas também dependemos dos engenheiros, dos profissionais de distribuição e dos ouvintes. Quero preservar esse valioso ecossistema”, alertou ele, que faz uma analogia sobre IA na música: “não dá para colocar piranhas na água, porque isso destruiria o ecossistema.”

Apesar dos desafios, Yoshiki reconhece as duas perspectivas. Enquanto a indústria do entretenimento busca proteger suas conquistas, os desenvolvedores estão focados em inovar. Ele acredita que é essencial promover uma comunicação eficaz para que todos compreendam o propósito por trás de cada objetivo.

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*A jornalista viajou a convite da empresa

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