TIC e indústria química lideram investimentos em inovação sob a Lei do Bem

Estudo do GT Group destaca setores mais inovadores. IA e automação industrial aparecem como tecnologias emergentes

Author Photo
10:35 am - 29 de julho de 2024
Imagem: Shutterstock

Os setores de tecnologia da informação (com R$ 285 milhões) e indústria química (R$ 211 milhões) lideram a lista dos que mais usaram recursos beneficiados pela Lei do Bem para pesquisa, desenvolvimento e inovação no Brasil nos últimos anos. A lei promulgada em 2005 criou a concessão de incentivos fiscais às pessoas jurídicas que fazem PD&I no País.

Os dados fazem parte da versão mais recente de um estudo – o Panorama da Lei do Bem 2024 – realizado pelo GT Group e divulgado recentemente. O relatório investiga como a legislação tem estimulado a inovação no país e é baseado em dados recentes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

“A Lei do Bem tem sido essencial para o crescimento do setor de TI no Brasil, permitindo que as empresas desenvolvam novas tecnologias e melhorem suas operações. Esse investimento deixa claro a importância da inovação tecnológica para a competitividade do País”, diz em comunicado Fabrizio Gammino, sócio-fundador do GT Group.

Veja ainda: Pesquisa da Honeywell mostra entusiasmo com uso de IA em indústrias

A indústria química também se destacou em razão do valor expressivo empregado na inovação de empresas, processos e produtos. “O setor químico é fundamental para o desenvolvimento de diversas indústrias no Brasil”, comenta Gammino.

Outro setor que mostrou crescimento foi o de seguros, que avançou duas posições no ranking de investimentos e alcançou o terceiro lugar.

IA e automação emergentes

Segundo o sócio-fundador do GT Group, há no Brasil um movimento crescente de digitalização e uso de tecnologias emergentes, incluindo inteligência artificial e automação industrial. E que projetos em gestão, dados, transformação digital e segurança são temas em evidência nos projetos submetidos à Lei do Bem.

“Automação, otimização, inteligência artificial e qualidade indicam a busca por formas de modernização e digitalização próprias a cada negócio. A melhoria aparece frequentemente, podendo estar relacionada tanto a produtos quanto a processos”, diz.

No setor industrial, a melhoria da qualidade de produtos e da produtividade de processos foram frequentes em projetos. Há grande interesse das empresas do setor na automação de fábricas e na otimização de operações. Na área da saúde, os projetos se concentraram em desenvolvimento de tratamentos e medicamentos. Em empresas de tecnologia, gestão, digital e dados foram os mais frequentes.

A maior parte dos investimentos ainda está concentrada na região Sudeste, especialmente em São Paulo, estado que, sozinho, representou 42% das empresas beneficiadas. As regiões Sudeste e Sul juntas concentraram 89% do total investido em PD&I.

No entanto, a região Centro-Oeste mostrou o maior crescimento percentual no número de empresas beneficiadas, com um aumento de 27%.

“A concentração dos investimentos na região Sudeste é um reflexo da infraestrutura e do ecossistema de inovação mais desenvolvido nesta área. Porém, observamos tendências promissoras em outras regiões, especialmente no Centro-Oeste, que está começando a aproveitar os benefícios da Lei do Bem para impulsionar a inovação”, diz Gammino.

Siga o IT Forum no LinkedIn e fique por dentro de todas as notícias!

Author Photo
Redação

A redação contempla textos de caráter informativo produzidos pela equipe de jornalistas do IT Forum.

Author Photo

Newsletter de tecnologia para você

Os melhores conteúdos do IT Forum na sua caixa de entrada.