Imagem: Shutterstock
O Telegram, uma das principais plataformas de mensagens do mundo, está enfrentando pressão internacional por sua recusa em participar de programas destinados a combater a exploração infantil on-line, segundo informações da BBC. Apesar de ter mais de 950 milhões de usuários registrados, o aplicativo não aderiu a iniciativas como o Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas (NCMEC) e a Fundação de Observação da Internet (IWF), que trabalham para identificar e remover materiais de abuso infantil na internet.
A postura do Telegram é especialmente preocupante em um momento em que seu fundador e CEO, Pavel Durov, está sendo investigado na França por supostas falhas na moderação de conteúdos na plataforma. As acusações incluem não cooperar com as autoridades em casos relacionados a tráfico de drogas, conteúdos de abuso sexual infantil e fraude.
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Embora o Telegram afirme que realiza moderação proativa, a falta de participação em iniciativas como a CyberTipline do NCMEC, que conta com mais de 1.600 empresas registradas, levanta dúvidas sobre a eficácia dessas medidas. A empresa também não colabora com a IWF, o que, segundo a organização, impede a plataforma de bloquear ou remover de forma proativa materiais confirmados de abuso sexual infantil.
“Apesar das tentativas de engajamento proativo com o Telegram no ano passado, eles não são membros da IWF e não utilizam nenhum dos nossos serviços para bloquear, prevenir e interromper o compartilhamento de imagens de abuso sexual infantil”, disse um porta-voz da IWF à BBC.
Além disso, o Telegram não participa do programa TakeItDown, que remove pornografia de vingança, ao contrário de plataformas como Snap, Facebook, Instagram, Threads, TikTok, Pornhub e OnlyFans, que utilizam uma lista de “hash” para identificar e remover tais conteúdos.
Outro ponto crítico é a transparência da empresa. Diferente de outras redes sociais, a exemplo do TikTok, Instagram e X, que publicam periodicamente relatórios detalhados sobre conteúdos removidos a pedido das autoridades, o Telegram mantém apenas um canal no aplicativo sem histórico acessível. Uma abordagem que dificulta a análise e a comparação dos dados com anos anteriores.
A popularidade do Telegram em regiões como Rússia, Ucrânia e Irã, onde a plataforma é amplamente utilizada, coloca ainda mais em evidência a necessidade de maior responsabilidade por parte da empresa, especialmente diante das críticas sobre a falta de transparência e cooperação com as autoridades.
*Com informações da BBC
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