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Tecnologia de captura direta de carbono avança com inauguração de nova planta na Islândia

Foi inaugurada em Hellisheiði, na Islândia, a planta Mammoth, a maior do mundo para captura direta de ar (DAC). O lançamento da planta Mammoth, operada pela Climeworks, destaca a escalabilidade e o potencial de impacto dessa tecnologia, que visa remover CO2 da atmosfera para mitigar os efeitos do aquecimento global.

A tecnologia, conhecida como DAC, busca reduzir as emissões de gases de efeito estufa. A tecnologia de captura de carbono da Climeworks funciona por meio de contêineres modulares equipados com ventiladores que aspiram o ar atmosférico. Esse ar passa por um filtro especial que absorve o dióxido de carbono. Quando o filtro fica saturado, o CO2 é liberado através do aquecimento do filtro a aproximadamente 100 graus Celsius.

Posteriormente, o CO2 capturado é misturado com água e injetado no subsolo, onde é armazenado nas formações rochosas de basalto. Esse método permite que a Climeworks utilize energia geotérmica abundante e locais naturais de armazenamento subterrâneo, evitando a necessidade de construir uma grande rede de dutos para transportar o CO2 capturado.

Leia mais:Desenvolvimento tecnológico e progresso social precisam de equilíbrio

Em 2017, a Climeworks se tornou pioneira ao capturar e comercializar dióxido de carbono do ar, usado em bebidas e agricultura. Em 2021, inaugurou a planta DAC Orca na Islândia, que até então era a maior do tipo. Agora, Mammoth, em construção, promete capturar até 10 vezes mais CO2 que Orca anualmente.

No entanto, embora Mammoth seja a maior planta desse tipo até agora, seu impacto ainda precisa ser comprovado em escala global, especialmente nos EUA, onde a Climeworks planeja expandir. Dois grandes projetos receberão até US$ 1,2 bilhão de financiamento para captura de CO2, um na Louisiana e outro na Califórnia. A Microsoft já está envolvida como cliente em Louisiana.

Cada hub federal deve capturar pelo menos um milhão de toneladas métricas de CO2 anualmente.

Apesar dos avanços, desafios persistem, como altos custos, consumo de energia e questões relacionadas à infraestrutura. No entanto, o investimento significativo do governo dos EUA e o compromisso contínuo com a pesquisa e desenvolvimento sugerem um caminho promissor para a expansão e aprimoramento da tecnologia de DAC.

*Com informações do The Verge

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