Executivos de tecnologia discutem IA no Elite Academy. Foto: Elite Academy
A cidade de Taubaté, no interior de São Paulo, economizará mais de R$ 70 milhões ao adotar inteligência artificial (IA) e ciência de dados em seus processos públicos. A informação foi revelada por Danilo Velloso, secretário de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Taubaté, durante painel no evento da Elite Academy, realizado ontem (24).
“O uso da ciência de dados torna nossas decisões mais assertivas. Já com IA generativa, resolveremos problemas antes feitos por atendentes, o que nos permite garantir uma economia significativa”, destacou ele. Entre os demais avanços tecnológicos estão o uso de satélites para monitorar construções ilegais e painéis de business intelligence (BI) que orientam ações de fiscais de campo. “Antes de arrumar uma rua, por exemplo, já temos todas as informações necessárias.”
Segundo ele, automatizar tarefas traz perenidade às boas práticas de gestão. “IA não é sobre inovação pela inovação, mas sobre gerar valor para a sociedade. Tiramos o servidor de tarefas que não agregam valor para colocá-lo no atendimento direto ao cidadão”, completou.
Com mediação de Rodrigo Silva, presidente do Comitê de Tecnologia da Elite Academy e CIO da Nitro, o painel reuniu especialistas que defendem a IA como aliada, e não como substituta, do ser humano.
Nilton Kazuyuki Ueda, gerente-executivo da Deloitte, reforçou que a IA se tornará um fator de diferenciação entre empresas e governos. “A tecnologia potencializa a produtividade humana e traz eficiência para todos os setores, inclusive a educação.”
Para Eric Tomboly, CISO de segurança cibernética da Nitro, a inteligência artificial é uma ferramenta para acelerar a resolução de problemas. “A IA vem para ajudar, apoiar e otimizar processos.” Já Danrley Morais, CEO do IFTL.IA, comentou sobre a mudança de percepção que vem acontecendo. “Ano passado se falava muito sobre IA substituindo pessoas. Hoje, com agentes e ferramentas generativas, vemos as pessoas sendo capacitadas a criar projetos com mais facilidade”. Por fim, Roberto Carlos, coordenador de TI da Nitro, apontou o papel da IA em liberar profissionais para tarefas mais estratégicas. “Automatizar é ganhar tempo para o que realmente importa.”
Durante a conversa, foi consenso de que não existe transformação digital sem transformação cultural. Velloso chamou a atenção para o que classificou como “feudalismo” na gestão pública. “Ainda há muito apego a estruturas antigas. A tecnologia ajuda a valorizar o servidor, otimizar processos e cumprir limites como o de gasto com folha salarial — que não pode ultrapassar um percentual da arrecadação estabelecido por lei.”
Além disso, os painelistas defenderam a governança dos dados como peça-chave para o sucesso das chamadas cidades inteligentes. “Coletar dados não é suficiente. É preciso saber o que fazer com eles, garantir segurança, e usá-los em benefício da população”, concluiu Silva.
O painel terminou com uma provocação: se a IA já está gerando tanto impacto positivo, o que falta para expandir sua adoção no mercado? A resposta, para todos os presentes, começa com coragem para mudar, e com pessoas no centro da transformação.
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