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Desinformação, cibersegurança e IA estão na lista de riscos globais do Fórum Econômico Mundial

Três temas envolvendo a tecnologia figuram na edição deste ano do estudo Global Risks Report, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial (WEF). São eles: o alastramento da desinformação, a cibersegurança e os resultados adversos da inteligência artificial.

O relatório explora alguns dos riscos mais graves que poderemos enfrentar na próxima década, frente ao contexto de rápidas mudanças tecnológicas, incerteza econômica, conflitos geopolíticos e transformações climáticas.

O tema da desinformação parece ser o mais latente entre eles. De acordo com o WEF, o tema é o de maior importância e maior severidade de impacto na lista dos dez maiores riscos de curto prazo – que devem ser sentidos em até dois anos.

O órgão destaca que três bilhões de pessoas irão às urnas nos próximos dois anos, incluindo em grandes democracias como Índia, Indonésia, México, Paquistão, Reino Unido e os Estados Unidos, o que exacerba o risco da propagação da desinformação por agentes mal intencionados. “Desinformação e as ferramentas para a sua divulgação podem minar a legitimidade dos governos recém-eleitos. A agitação resultante pode variar desde protestos violentos e crimes de ódio até confrontos civis e terrorismo”, alerta o texto.

Leia mais: Um em cada cinco consumidores já usou IA generativa para compras

A cibersegurança é a quarta colocada na lista de curto prazo, logo atrás de eventos climáticos extremos e a polarização social. Na lista de longo prazo – que analisa riscos para os próximos dez anos – a desinformação e a cibersegurança voltam a aparecer em quinto e oitavo lugar, respectivamente.

Os resultados adversos do desenvolvimento de tecnologias de IA também surgem na lista, na sexta posição. Segundo a organização, se os incentivos comerciais e os imperativos geopolíticos, e não o interesse público, continuarem a ser os principais motores do desenvolvimento IA, o “fosso digital” entre os países de rendimento alto e baixo conduzirá a uma disparidade acentuada na distribuição de recursos.

“Os países e comunidades vulneráveis ​​ficariam ainda mais para trás, isolados digitalmente dos avanços turbo-alimentados da IA ​​que teriam impacto na produtividade econômica, nas finanças, no clima, na educação e nos cuidados de saúde, bem como na criação de empregos relacionados”, diz o texto.

A reunião anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, começou nesta segunda-feira (15). A série de reuniões da organização segue até o dia 19, sexta-feira. Além de temas ligados à tecnologia, as mudanças climáticas e os conflitos geopolíticos globais são tidos como temas cruciais do evento.

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