Não existe empresa totalmente segura quando o assunto é cibersegurança. A única estratégia para garantir segurança digital é, de fato, seguir e assegurar a recuperação de dados. É o que acredita Mauricio Gonzalez, vice-presidente de Vendas da Veeam para América Latina (foto à esquerda).
Em conversa com o IT Forum durante o VeemON, que acontece em Miami*, nos Estados Unidos, o executivo disse que os ciberatacantes estão cada vez mais comuns e sofisticados em suas técnicas. Do outro lado, o elo mais fraco da cadeia, os usuários caindo mais e mais em armadilhas digitais. Definitivamente, um prato cheio para invasões.
“Os atacantes não têm lados preferidos. Eles atacam grandes e pequenas empresas, porque a soma de muitas pequenas é igual à grande e as menores são mais vulneráveis. Cibersegurança é um problema de todos os mercados”, observa o executivo.
Se antes a Veeam, que nasceu com a abordagem de backup confiável, batia bastante nessa tecla, agora a aposta é em recuperação de dados. “Mudamos nossa abordagem para ‘mantemos o seu negócio rodando’ porque é uma mensagem mais estratégica e assertiva de continuidade dos negócios”, revela ele.
Jose Leal Jr., country manager da Veeam Brasil, conta que a preocupação com ataques e a rápida recuperação dos negócios transcende a TI e a segurança e, para ganhar peso, precisa, de fato, do respaldo dos C-Levels, especialmente do CEO. “O backup é a última camada de proteção. É preciso recuperar os dados o mais rápido possível, em minutos. Nosso diferencial é justamente esse: prover essa recuperação em minutos.”
Um importante elemento dessa abordagem da Veeam, garante Leal, é a capilaridade. Isso significa que a empresa consegue recuperar um arquivo específico, usando por um usuário X, em um período Y, garantindo ainda mais assertividade na retomada das atividades de empresas prejudicadas por ciberataques.
Gonzalez observa que ataques virtuais têm cada mais impactos dramáticos nos negócios. Por isso, recuperação em dias já não é mais justificável. “Hoje, a conversa tem que ser de minutos ou horas. Mas, claro, sempre temos alinhamentos com nossos clientes do quanto é aceitável para eles ficarem parados”, aponta.
Para ele, a região da América Latina está mais consciente nos últimos dois anos mais do que nunca sobre os riscos de paradas. Acontece que, em muitos casos, as companhias pensam que o roubo de dados, o conhecido ransomware, não é uma ameaça tão devastadora, pois elas contam com seguro digital.
Mas Gonzalez justifica que o investimento em recuperação de dados não se trata de custos, mas de reputação e confiança. “O custo de reputação é algo que ainda não se pode medir. Credibilidade e imagem contam muito hoje. Por isso, a conversa é mais estratégia, porque pode afetar os resultados.”
Questionado se as empresas estão ainda reativas quanto à segurança da informação, seja por falta de apoio ou de orçamento, o executivo observou que na maioria desses casos, as companhias estão olhando apenas para o tema no nível de infraestrutura e segurança e não levando a conversa mais níveis mais estratégicos. “Se vão para os C-Levels, eles entendem que é um problema de negócios, e aí há verba. Como o CEO e o CFO vão explicar ao board que perderem credibilidade depois de um ataque? É esse que tem de ser o pensamento”, provoca.
Com um mercado gigantesco de pequenas e médias, o Brasil está no centro das atenções de cibecriminosos. A observação é confirmada pelo crescimento da operação da Veeam em solo nacional, que, somente em 2022, cresceu 40%. Para este ano, a expectativa por aqui é de saltar 30%. Hoje com 47 pessoas no time, o escritório no Brasil começou com apenas seis, números que Leal considera relevantes.
A Veeam atua com um modelo 100% voltado para canal, seja na venda ou na distribuição, e a aposta da empresa nos parceiros é vital para o salto dos negócios. “Preferimos perder o negócio a violar nosso modelo via canais”, reforça Gonzalez.
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Com 26 canais e mais de 16 mil clientes na América Latina, Gonzalez e Leal observam que 95% dos clientes têm apenas um produto da empresa, o que gera uma grande oportunidade – tal qual acontece na maioria das empresas de software – de cross sell dos produtos da Veeam, além, claro, do up sell.
O executivo reforça que a Veeam não está preocupada em aumentar o número de parceiros, mas de manter o engajamento e ainda revisitar os canais atuais, em busca não só de garantir resultados mais expressivos, mas de, essencialmente, apoiar seus clientes em suas jornadas de recuperação de dados.
*A jornalista viajou a convite da Veeam
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