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Com lançamento, Pure Storage promete viabilizar data center totalmente em flash

“Estamos tornando o data center totalmente flash uma realidade”, diz em entrevista ao IT Forum o country manager da Pure Storage no Brasil, Paulo de Godoy. Não é uma promessa nova por parte da empresa americana, fundada em 2009 com o objetivo de fornecer justamente hardware e software corporativos baseados completamente na tecnologia que compõe os SSDs, os solid-state drives.

Quase 15 anos depois, apesar da evolução do mercado e do crescimento da Pure Storage – que terminou o ano fiscal de 2023 com crescimento de receitas de 26%, chegando a US$ 2,8 bilhões – ainda há um longo caminho pela frente caso o objetivo seja mesmo migrar totalmente o tipo de tecnologia de armazenamento usada por servidores e data centers.

O próprio Godoy admite que “o armazenamento baseado em disco ainda compreende a grande maioria dos dados armazenados e quase todos os dados não estruturados”, ou seja, ainda são preferidos pelos CIOs e gestores de TI. Mesmo quando os SSDs estão nos data centers, são conjugados com discos – e até fitas – no armazenamento de dados menos manipulados ou que precisem de menos velocidade no acesso.

A razão principal para isso é, claro, custo, mas também técnica. No entanto, segundo o country manager, as empresas coletam cada vez mais dados não-estruturados, e retirar insights desse imenso volume exigirá velocidade. “Estima-se que a capacidade de dados não estruturados cresça 10 vezes antes de 2030 para organizações globais. Para cargas de trabalho de grande capacidade e sensíveis ao preço que usam soluções atuais de armazenamento baseadas em disco, esse crescimento fica insustentável”, alega o executivo.

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É aí que entra o FlashBlade//E, solução de armazenamento de dados da marca lançada essa mês – e que deve chegar ao Brasil até o fim de abril – que promete mais densidade, eficiência energética e escalabilidade para empresas, mirando justamente cargas de trabalho diárias não-estruturadas. A promessa é que o preço da solução seja “comparável às soluções baseadas em disco com uma vantagem significativa de custo total de propriedade a longo prazo”.

Trata-se de um repositório de dados não estruturados dimensionável que combina hardware e software para lidar com o crescimento desse tipo de dado com custo de aquisição mais competitivo na comparação com discos, além de custos operacionais menores. Segundo o country manager, o custo é inferior a US$ 0,20 por GB, o que inclui três anos de serviço. “Isso significa que os clientes não precisam mais se contentar apenas com disco para suas cargas de trabalho de dados em massa”, diz.

A plataforma começa em 4PB e escala a partir dessa quantidade. Promete cinco vezes menos uso de energia que sistemas baseados em disco, contribuindo também com metas de sustentabilidade dos proprietários dos sistemas, além de até 20 vezes mais confiabilidade que sistemas baseados em disco rígido.

Disco sem evolução

O uso de tecnologias flash em computação empresarial cresceu, mas ainda não é maioria. Para Godoy, uma substituição definitiva a partir de agora é factível porque as soluções baseadas em disco não oferecem aos clientes “flexibilidade e a escolha de uma pilha nativa de arquivo e objeto, nem oferecem desempenho consistente em pequenas e grandes I/O (input/output)”.

Isso se deve porque, segundo ele, o crescimento percentual da capacidade do disco rígido desacelerou, enquanto soluções flash aumentaram em densidade de tal forma que “agora ultrapassam os maiores discos rígidos”.

A estratégia para alcançar esse objetivo, ao menos no Brasil, passa pelos canais de distribuição da empresa – que não vende por aqui de forma direta. “Este lançamento oferece aos parceiros uma grande oportunidade de conquistar participação de mercado com a Pure, dando à eles uma vantagem competitiva”, alega o executivo.

Além da oferta tradicional, os clientes terão a opção de implementar o FlashBlade//E por assinatura de storage como serviço (STaaS) na nuvem.

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