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OpenAI recua e mantém controle de negócio sem fins lucrativos

Após semanas de incerteza, a OpenAI anunciou que não seguirá adiante com o plano de transferir o controle de suas operações para a divisão com fins lucrativos.

Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (5), a empresa informou que seu negócio original, sem fins lucrativos, continuará no comando da organização responsável pelo ChatGPT e demais produtos de inteligência artificial (IA). A reversão ocorre após discussões com procuradores-gerais da Califórnia, nos Estados Unidos, e de Delaware e diálogos com líderes da sociedade civil, segundo declaração do CEO, Sam Altman, reproduzida pelo The Guardian.

“A decisão de manter o controle com a entidade sem fins lucrativos veio depois de ouvirmos líderes cívicos e representantes dos estados”, escreveu Altman em carta interna. A decisão foi corroborada por Bret Taylor, presidente do conselho da OpenAI sem fins lucrativos, que liderou a deliberação junto ao board.

Leia também: Sam Altman e Elon Musk disputam quem cria primeiro o superapp definitivo da vida das pessoas

Segundo o comunicado oficial, a divisão com fins lucrativos será transformada em uma public benefit corporation, modelo societário que busca equilibrar retorno financeiro com impacto social. Essa nova estrutura ainda permitirá captação de investimentos, mas será supervisionada pela entidade sem fins lucrativos, que permanecerá como acionista majoritária.

O que envolve a decisão?

A mudança acontece em meio a disputas públicas envolvendo a governança da OpenAI. Conforme lembra o The Guardian, a empresa foi criada em 2015 como um laboratório de pesquisa dedicado ao desenvolvimento seguro da inteligência artificial geral (AGI) para o bem da humanidade, projeto idealizado por nomes como Sam Altman e Elon Musk.

Hoje, quase uma década depois, a startup tem valor de mercado estimado em US$ 300 bilhões e 400 milhões de usuários semanais do ChatGPT, conforme dados da Andreessen Horowitz, uma de suas investidoras.

O processo de mudança no controle da OpenAI encontrou resistência jurídica significativa. O maior embate veio de Elon Musk, que processou a organização acusando Altman de trair os princípios fundadores da iniciativa.

Musk rompeu com a OpenAI e criou sua empresa de IA, a xAI, que recentemente comprou o X (antigo Twitter). A OpenAI, por sua vez, afirma que Musk age movido por ressentimento após o sucesso de seu concorrente.

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