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Minsait: só 10% empresas tem plano estratégico de IA

A inteligência artificial, principalmente a generativa, ganhou tanta atenção do mundo dos negócios que estudos sobre o tema surgem praticamente todos os dias. Agora é a vez da Minsait divulgar o seu. Entre as descobertas, a de que apenas 10% das organizações do mundo têm um plano de IA totalmente integrado às próprias estratégias, e 36% começaram a desenvolvê-lo.

Uma em cada quatro (25%) não pretende tê-lo a médio prazo.

“Esses dados demonstram a importância estratégia que a IA deve assumir para os negócios daqui em diante”, diz em comunicado Luis Abril, diretor executivo da Indra e CEO global da Minsait, durante lançamento do estudo, o Informe Ascendant de Maturidade Digital 2024. Nesta edição, o estudo recebeu o subtítulo “IA: radiografia de uma revolução em curso”.

O estudo foi elaborado com informações fornecidas por mais de 900 organizações ao redor do mundo, com atuação em 15 segmentos de mercado.

Abril diz que a análise indica um salto qualitativo em direção a novos modelos de gestão, nos quais a IA está integrada em todas as frentes das organizações, permitindo que as pessoas passem a se concentrar em atividades de maior valor agregado. “Nesse sentido, um dos grandes desafios impostos às empresas e instituições é acelerar seus processos de inovação e promover uma escalada ágil e flexível da inteligência artificial, mantendo a competitividade e o crescimento sustentável”, complementa.

Mais cases

O informe da Minsait constata também que, embora empresas de todos os setores pesquisados ainda registrem baixo nível de adoção da IA, há um consenso com relação ao desafio e à necessidade de adotá-la. Muitas instituições estão implantando casos, inclusive de inteligência artificial generativa, para criar referências de uso da tecnologia.

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Entre as companhias que se lançaram nesse caminho, 72% o fizeram no intuito de incorporar a IA aos processos de eficiência operacional, 34% para melhorar a tomada de decisões e 31% para promover a evolução da experiência dos clientes (CX) e usuários internos (UX).

Em geral, as corporações ainda apresentam certas reservas com relação à exploração da IA por outras áreas e à facilitação de ações autônomas realizadas pela tecnologia, de modo que prevalece a sua aplicação em processos de aprimoramento das operações.

Outras áreas da cadeia de valor para as quais vem sendo direcionada a aplicação de IA são: gestão de riscos e segurança cibernética (54%), TI corporativa (37%), marketing (36%) e vendas (33%).

Nesses campos, vem sendo incentivado o desenvolvimento de cases ligados à análise preditiva para tomada de decisões, pesquisa e concepção de novos produtos e serviços, elaboração e personalização de campanhas, previsão da demanda de consumo e geração de códigos em TI.

Hyperscalers

A nuvem e um bom ecossistema de aliados tecnológicos e hyperscalers se tornaram essenciais para o uso de IA generativa. Esses são recursos imperativos, dado o nível de custos e conhecimentos específicos que esse tipo de tecnologia exige no treinamento de modelos de linguagem mais complexos.

Segundo o relatório da Minsait, 78% das companhias já possuem a infraestrutura em nuvem necessária para promover o uso da inteligência artificial e uma em cada três empresas já dispõe de acordos firmados com parceiros tecnológicos especializados.

Para a Minsait, a integração de ética e da cibersegurança, desde as fases iniciais de concepção, teste e implementação de cases de IA, é essencial para garantir um uso responsável e seguro de dados. Embora, de acordo com estudo, apenas 9% das organizações já tenham implementado soluções e planos de cibersegurança específicos para esse fim.

Regulamentação da IA

O aumento do número de cases de aplicação de IA acelerou a entrada dessa tecnologia nas empresas, embora ainda haja obstáculos que impeçam uma escalada mais ágil.

A falta de profissionais qualificados é o mais significativo deles, de acordo com 36% das companhias consultadas, seguido da falta de visão e entendimento por parte da gerência sobre o valor da IA e seu potencial para o crescimento do negócio, como apontam 35% dos entrevistados.

A terceira barreira mais citada, tendo sido mencionada por 31% dos respondentes, é a preocupação das organizações com a instabilidade da regulamentação da IA ao redor do globo, dada a ausência de leis e quadros regulatórios sólidos, que incentivem o uso responsável e o cumprimento dos termos de privacidade quando da adoção dessa tecnologia.

Para Luis Abril, a inteligência artificial é um recurso capaz de melhorar a competitividade de empresas e administrações públicas em todo o mundo. E, como sempre aconteceu em outras grandes revoluções tecnológicas, representa uma disrupção em diversas áreas da sociedade, trazendo uma série de desafios que terão de ser geridos.

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