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Meta enfrenta pressão para mostrar resultados com investimentos em IA

A Meta se prepara para uma semana decisiva em sua estratégia de inteligência artificial (IA), enquanto investidores buscam entender como as novas políticas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, podem afetar o plano ambicioso da companhia de liderar o mercado de IA.

Nesta terça-feira (29), a empresa realizará a primeira edição da LlamaCon, evento dedicado ao seu portfólio de modelos Llama, seguido pela divulgação dos resultados financeiros do primeiro trimestre. Analistas vão acompanhar atentamente qualquer sinal de mudança no plano da Meta de investir entre US$ 60 bilhões e US$ 65 bilhões em infraestrutura de IA em 2025, número que, para alguns especialistas, pode até aumentar.

Leia mais: OpenAI prepara modelo aberto com foco em liderança técnica e uso amplo

A preocupação surge porque, em outras empresas de tecnologia, como Intel e Google, executivos já alertaram que as tarifas recém impostas aumentam o risco de recessão nos Estados Unidos e podem impactar os cronogramas de investimentos. Apesar disso, o mercado aposta que a Meta seguirá firme em seu plano, considerando a IA um investimento estratégico de longo prazo.

Investimento em infraestrutura

Segundo relatório da Needham citado pela CNBC, o investimento da Meta na infraestrutura de IA é visto como essencial para os próximos 10 anos, embora as tarifas possam elevar custos. A expectativa é de que a empresa aproveite a LlamaCon para demonstrar avanços tangíveis e potenciais retornos financeiros de sua aposta na tecnologia.

Além da infraestrutura, a Meta quer fortalecer o Meta AI, seu assistente digital, que Mark Zuckerberg, CEO da Meta, aposta que poderá atingir mais de 1 bilhão de pessoas ainda este ano. Relatos indicam que a empresa prepara o lançamento de um aplicativo independente do Meta AI, com possíveis versões pagas para usuários que desejarem mais recursos, estratégia similar à adotada pelo ChatGPT.

Analistas como Deepak Mathivanan, da Cantor Fitzgerald, e Debra Aho Williamson, da Sonata Insights, apontam que desvincular o Meta AI das plataformas Facebook e Instagram pode ajudar a posicionar melhor o produto frente à forte presença de marca do ChatGPT no mercado.

Por enquanto, o grande desafio da Meta, segundo especialistas ouvidos pela CNBC, será justificar financeiramente seus pesados investimentos em IA em um ambiente econômico e regulatório cada vez mais instável.

*informações da CNBC

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