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Márcia Costa, CIO da Transpetro: ‘nosso desafio é priorizar ações de TI e gerar o máximo valor em menor prazo’

A demanda por eficiência e segurança no transporte de combustíveis é uma constante na Transpetro, estatal provedora de soluções logísticas integradas para a Petrobras. É o que diz Márcia Costa, gerente-executiva de tecnologia da informação da companhia, em entrevista ao IT Forum.

Com o propósito de ser uma parceira do negócio para habilitar valor e impactar positivamente as pessoas, a executiva enfatizou que um dos principais desafios enfrentados pela equipe de TI é priorizar as ações em um cenário onde a tecnologia está cada vez mais integrada aos processos de negócio. “Cada vez mais, a tecnologia está embarcada em cada parte do processo. O desafio é priorizar as ações de TI e trazer o máximo valor em menor prazo.” 

Leia também: Especial IT Forum Trancoso: Como projetos de TI apoiam a transição energética da Petrobras 

A rápida evolução e o surgimento de novas tecnologias aceleraram o desafio de priorizar seus esforços e garantir a maturidade para que a inovação esteja no centro de todos os seus processos. Para enfrentar esse cenário, a Transpetro definiu quatro prioridades: conectividade, segurança cibernética, integração de processos e inteligência artificial. “Estamos implementando tecnologias como a IA generativa para impulsionar nosso crescimento e oferecer serviços inovadores”, revela. 

Embora a IA generativa ainda esteja em processo de implementação, a inteligência artificial tradicional já está em pleno funcionamento. “Um case interessante de uso é a inteligência artificial otimizando a movimentação de líquidos e combustíveis. Em um dos dutos, realizamos uma experiência para investigar como podemos aumentar o potencial de volume movimentado. No primeiro duto, alcançamos um aumento de 63% no potencial de movimentação”, conta. 

Sobre a governança da inteligência artificial, a executiva revela a preocupação a respeito da ética no uso dessa tecnologia. “Estamos adotando diretrizes para garantir o uso responsável da inteligência artificial, preservando os dados e garantindo a segurança das informações”, afirma. 

A segurança cibernética na Transpetro

Ao abordar a segurança cibernética, Márcia ressaltou a importância dos pilares de processo, pessoas e tecnologia. A empresa investiu em conscientização e simulados para preparar sua equipe e fortalecer suas defesas cibernéticas. Além disso, adotou tecnologias preditivas e de monitoramento para detectar e mitigar possíveis ameaças. 

A executiva conta que os simulados com diversas áreas da empresa são realizados desde 2022. “Buscamos alcançar as pessoas para que elas se preparem adequadamente. Porque embora a TI seja a responsável pela normatização da segurança cibernética, só funciona de fato se todos participarem. Portanto, acredito que o comprometimento de toda a empresa seja uma maneira de aliviar a carga sobre os profissionais de cibersegurança.” 

Em termos de processos, Márcia afirma: “houve melhorias significativas nos últimos dois anos, com a elevação do nível de maturidade para 3,05 na escala do NIS, que é uma estrutura para segurança. Além disso, temos adotado várias tecnologias mais preditivas para nos anteciparmos a possíveis problemas.”

Segundo ela, isso inclui inteligência artificial, monitoramento e gerenciamento de dispositivos móveis, já que a mobilidade aumenta as vulnerabilidades do ambiente. Essas soluções são destinadas a proteger, detectar, reparar, recuperar e reagir diante de incidentes.

Para alcançar esses resultados, a Transpetro definiu metas claras e objetivos específicos. Isso inclui a redução significativa no tempo médio de implantação de projetos, o alinhamento de todas as iniciativas com o posicionamento estratégico da companhia e a implementação de visões futuras conforme o plano estabelecido. “Queremos gerar valor mais rápido. Temos uma meta de reduzir em 40% o tempo médio das implantações para ter o primeiro valor gerado mais rapidamente”, finaliza.

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