Ricardo Guerra, CIO do Itaú Unibanco, tem empatia como marca registrada

Ricardo Guerra, CIO do Itaú Unibanco, acredita não apenas em conhecer os membros da equipe, mas entender o que é importante para cada um

Author Photo
3:00 pm - 08 de outubro de 2024
Imagem: Divulgação

O mundo digital exige da liderança muito mais do que habilidades técnicas e conhecimento. É preciso preparo para suportar a evolução tecnológica que segue galopante, impondo ajustes constantes de rota. Para garantir o controle da gestão nesse cenário, o novo líder, além de habilidades e competências, é aquele que apoia o comando na humanização, com diálogo, capacidade de escutar e inspirar pessoas. Essa é a visão de Ricardo Guerra, CIO do Itaú Unibanco, que soma mais de três décadas de experiência no banco.

“Acredito no poder do indivíduo. O ser humano é capaz de produzir coisas incríveis, e a responsabilidade do líder é justamente conseguir fazer com que cada pessoa dê o seu melhor”, revela Guerra, vencedor do prêmio Executivo de TI do Ano 2024, do IT Forum, na categoria Bancos.

Veja também: Conheça os vencedores do Prêmio Executivo de TI do Ano 2024

Para ele, liderar é um exercício constante de empatia, que envolve não apenas conhecer os membros da equipe, mas também entender o que é importante para cada um e alinhar esses objetivos pessoais com as metas da organização.

Ele enfatiza que, nesse contexto, “não há espaço para discursos vazios e que transparência, comunicação e honestidade são fundamentais”. Além disso, para o executivo, a confiança é um elemento crucial. “O líder precisa confiar no seu time e, acima de tudo, mostrar isso”, pondera.

Na arena da IA

No contexto de uma grande instituição financeira, onde a tecnologia desempenha papel central, a liderança precisa estar atenta, e a modernização tecnológica contínua é vista como essencial para manter a competitividade. O projeto de IA generativa do Itaú mostra essa visão na prática. Em pouco menos de um ano, o banco mapeou mais de 230 casos de uso com potencial para ampliar a eficiência ou a experiência dos clientes. Guerra explica que o banco utiliza a tecnologia em diversos momentos, como no desenvolvimento de software.

“Mais de 8 mil engenheiros utilizam a IA generativa para codificar. Já produzimos mais de 1,5 milhão de linhas de código usando a tecnologia. Isso traz uma produtividade incrível e abre espaço para a criação. O engenheiro de software, por exemplo, pode pensar em soluções de uma forma mais criativa, entender mais do cliente, estar mais conectado com o negócio e trabalhar de forma conjunta”, detalha. O Itaú, inclusive, está entre as três empresas que mais utilizam o GitHub Copilot globalmente. Outro exemplo está no setor jurídico. Implementada desde o primeiro semestre de 2023, a IA generativa já lê, interpreta e classifica mais de 70 mil documentos por mês na área.

Hiperpersonalização

Na esteira da IA, Guerra aponta que o desafio do time é trabalhar a hiperpersonalização dos serviços, em que a tecnologia permitirá criar soluções cada vez mais alinhadas às necessidades específicas de cada cliente. “Estamos caminhando para um cenário em que o banco começa a conversar com cada indivíduo de acordo com a sua necessidade”, explica, destacando que, embora essa tecnologia ainda esteja em desenvolvimento, ela representa uma fronteira importante para o setor. Essa modernização não toca apenas a questão técnica, mas também a de mentalidade.

Por isso, Guerra enfatiza a importância de capacitar as equipes, permitindo que explorem novas tecnologias e identifiquem oportunidades para inovar. “Uma coisa é falar sobre tecnologia comigo, outra é levar isso para 15 mil pessoas. Não é trivial”, admite, apontando para o desafio de manter todos os colaboradores alinhados e atualizados em um ambiente de constante evolução.

*Texto originalmente publicado na Revista IT Forum, disponível aqui.

Siga o IT Forum no LinkedIn e fique por dentro de todas as notícias!

Author Photo
Déborah Oliveira

Editora-chefe e diretora de Conteúdo do IT Forum, Déborah Oliveira é jornalista com mais de 17 anos de experiência na área de TI. Tem passagens pelas redações da Computerworld, CIO e IDG Now!. Bacharel em Jornalismo, com graduação executiva em Marketing, e MBA em Marketing. Em 2018, foi vencedora do prêmio de melhor Jornalista de TI no Brasil, do Cecom. Em 2019 e 2020, foi destaque do mesmo prêmio na categoria Telecom. É uma das autoras do livro “Da Informática à Tecnologia da Informação – Jornalistas Contam Suas Histórias”, pela editora Reality Books, lançado em 2020.

Author Photo

Newsletter de tecnologia para você

Os melhores conteúdos do IT Forum na sua caixa de entrada.

 

Pular para a barra de ferramentas