IA precisa de rigor e ética, defende presidente da Febraban
Isaac Sidney destacou no Febraban Tech avanços tecnológicos e o papel transformador da IA no setor bancário, mas alertou para cautela sobre o tema

A transformação tecnológica no setor bancário brasileiro atingiu níveis nunca vistos, com um aumento de 104% nos investimentos em tecnologia e um crescimento significativo de 82% em cibersegurança e inteligência artificial (IA) em 2024, segundo o estudo anual da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Isaac Sidney, presidente da Febraban, ressaltou no Febraban Tech, evento voltado para o setor financeiro, a importância dessa evolução.
Sidney destacou ainda que 82% dos bancos agora oferecem soluções sustentáveis, refletindo um compromisso com a inclusão financeira e a inovação tecnológica. “Queremos avançar em inovação e tecnologia, promovendo uma nova era marcada pela IA e seu impacto transformador. A IA não é apenas uma ferramenta tecnológica, mas uma força capaz de redefinir negócios e nossa interação com o mundo”, afirmou o presidente.
Em sua fala, o executivo enfatizou a necessidade de utilizar a IA com ética, assegurando segurança e transformação positiva. No setor financeiro, segundo ele, a IA pode melhorar significativamente a programação de códigos, a modelagem de risco de crédito e a experiência do cliente. “Precisamos garantir que a IA seja desenvolvida e aplicada com rigor e ética”, reforçou Sidney.
Brasil na liderança tecnológica do setor
O executivo lembrou que o Brasil se posiciona como líder global em Open Finance, um modelo que permite a interoperabilidade entre diferentes instituições financeiras. O sucesso desse modelo depende de uma implementação consistente e gradual, uma estrutura de governança robusta e a reciprocidade entre as entidades participantes do sistema.
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Ele também reforçou a dianteira do País em pagamentos instantâneos, com o Pix, que se tornou um exemplo de eficiência, registrando 200 milhões de operações por dia e movimentando 42 bilhões de transações no ano passado, totalizando R$ 17 trilhões. “O Pix aumentou a velocidade e a eficiência das transações financeiras no país”, destacou.
Febraban: Segurança cibernética em pauta
Com um investimento de R$ 7,5 bilhões em segurança da informação, os bancos brasileiros estão comprometidos em se manter à frente das ameaças cibernéticas. “Nossa visão de inclusão envolve o uso de avançadas medidas de segurança, parcerias e colaboração na área de cibersegurança”, explicou o presidente.
A inteligência de dados também desempenha um papel crucial na criação de novos produtos e serviços financeiros, com a governança de dados sendo um pilar fundamental. A utilização de tecnologia em nuvem permite a escalabilidade dos recursos e a inovação, atendendo às demandas do mercado de maneira eficiente.
Colaboração e inovação
A transformação do setor bancário está intrinsecamente ligada à inovação e à colaboração com outras economias. De acordo com o presidente, a tecnologia financeira impulsiona o desenvolvimento sustentável de diferentes setores, como o agronegócio, oferecendo soluções de crédito que reduzem os custos de produção.
“Estamos vivendo tempos de transformação, e os bancos estão profundamente imersos nesse contexto”, concluiu Sidney, reforçando a necessidade de colaboração e sinergia para moldar o futuro da economia nacional.
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