Imagem: Divulgação
O Grupo Heineken implementou soluções baseadas em inteligência artificial (IA) e análise preditiva para aprimorar sua relação com pontos de venda (PDVs) do varejo brasileiro. O projeto de digitalização de processos é uma resposta à tendência de automação de sistemas empresariais. Uma projeção da consultoria Gartner indica que 95% das decisões baseadas em dados serão parcialmente automatizadas até o final de 2025.
O programa Data Driven Insights (DDI) forma o núcleo desta transformação. Criado para responder desafios de negócio através de análises e inteligência artificial, o DDI permite decisões mais alinhadas às necessidades dos canais de venda.
Segundo a companhia, pontos de venda e as equipes comerciais da companhia serão os beneficiários diretos da iniciativa. A implementação ocorre em São Paulo e outras regiões onde o grupo atua, e abrange estabelecimentos que vendem bebidas para consumo imediato (on-trade) e para consumo posterior (off-trade).
Entre os projetos, o On Shelf Availability (OSA) reduziu o índice de ruptura de produtos de 10% para 3% nos estabelecimentos onde foi aplicado. A ferramenta identifica riscos de indisponibilidade de itens em redes varejistas através da leitura de dados de estoque. O impacto resultou em aumento de 5% nas vendas incrementais nesses pontos.
O DDI Giro Alto analisa mais de 20 variáveis para criar um ranking de PDVs com maior potencial de retorno, orientando a alocação de ativos como chopeiras e refrigeradores. Dados da companhia mostram que a alocação de refrigeradores conforme as recomendações proporcionou aumento de 60% no volume de vendas, em comparação ao incremento de 20% obtido sem o uso da inteligência artificial.
“Nos últimos anos, a companhia implementou uma série de programas voltados à gestão inteligente de ativos, prevenção de rupturas e recomendação personalizada para equipes de vendas”, afirmou Rodrigo Murta, vice-presidente de Digital & Tecnologia do Grupo Heineken.
Leia também: Adoção de IA generativa ainda esbarra em falta de confiança, diz estudo
No contato com a força de vendas, a empresa desenvolveu o AIDDA (Artificial Intelligence Data Driven Advisor), um assistente de inteligência artificial que fornece insights personalizados para vendedores em campo. Integrado ao aplicativo Heitool, o sistema oferece navegação, novos KPIs e personalização de visitas através de “missões”, transformando vendedores em consultores baseados em dados. Desde sua implementação, o AIDDA gerou incremento de 4,8% no volume de vendas, beneficiando os PDVs e a remuneração variável dos vendedores.
A companhia também desenvolveu o DDI NPS (Net Promoter Score), um projeto de análise de satisfação que transforma feedbacks em recomendações de ações. Em fase de validação do MVP, o DDI NPS tem previsão de ativação em julho de 2025. Este sistema classifica comentários de NPS e CSAT, identifica motivos de insatisfação e os encaminha aos times responsáveis. Utilizando modelos de IA e dashboards, o projeto busca gerar insights, ampliar a escuta ao cliente e reduzir o tempo de resposta a reclamações.
Siga o IT Forum no LinkedIn e fique por dentro de todas as notícias!
A Pure Storage está redefinindo sua estratégia de mercado com uma abordagem que abandona o…
A inteligência artificial (IA) consolidou-se como a principal catalisadora de novos unicórnios no cenário global…
À primeira vista, não parece grande coisa. Mas foi na pequena cidade de Pornainen, na…
O processo de transição previsto na reforma tributária terá ao menos um impacto negativo sobre…
O que antes parecia uma aliança estratégica sólida começa a mostrar rachaduras. Segundo reportagem do…
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos firmou um contrato de US$ 200 milhões com…