Governos de aproximadamente 190 países solicitaram dados de 8,4 milhões de contas de usuários desde 2020, segundo pesquisa divulgada pela Surfshark nesta segunda-feira (9). O estudo revela que foram feitas 153 mil solicitações emergenciais de dados desde 2013, com o Reino Unido liderando este tipo de demanda, enquanto os EUA ocupam o primeiro lugar no ranking global de solicitações gerais.
A Surfshark, empresa provedora de VPN, analisou as solicitações emergenciais feitas contra Google, Microsoft, Apple e Meta entre 2013 e o primeiro semestre de 2024. Conforme reportado pelo TechRadar, estas solicitações são emitidas em situações de ameaça iminente à vida ou risco de lesão grave, como casos de suicídios, tiroteios em escolas ou ameaças de bomba, permitindo acesso rápido a informações críticas, frequentemente sem ordem judicial.
O Reino Unido é responsável por 26% de todas as 153 mil solicitações emergenciais feitas no período analisado. Os EUA aparecem em segundo lugar com 22%, seguidos pelos Emirados Árabes Unidos com 10,5% dos pedidos.
Leia também: EF aposta em tutor com IA para acelerar aprendizado de inglês no Brasil
O Google recebe 85% de todas as demandas emergenciais emitidas globalmente. A empresa foi a única a divulgar solicitações emergenciais entre 2013 e 2015. Google, Microsoft e Apple fornecem informações sobre o número de solicitações emergenciais recebidas, enquanto a Meta não especifica esses dados.
Em 2013, foram registradas 293 mil contas solicitadas. Este número aumentou para quase 1,3 milhão em 2020, chegando a mais de 2,2 milhões em 2022. Após uma redução em 2023, os especialistas preveem que 2024 alcançará novos recordes. O primeiro trimestre deste ano já registrou 15 mil solicitações emergenciais.
Os EUA lideram as demandas de acesso aos dados dos cidadãos, com média de uma conta solicitada para cada 100 mil pessoas. Seis países europeus (Alemanha, Reino Unido, França, Irlanda, Polônia e Suíça) estão entre os dez principais emissores de solicitações, junto com Singapura, Brasil e Coreia do Sul.
Meta, Google, Microsoft e Apple receberam solicitações de dados para 12.115.772 contas de 201 países entre 2013 e meados de 2024. A Meta foi o principal alvo, respondendo por 43% das contas solicitadas. O Google foi a segunda empresa mais impactada (39%), enquanto Microsoft e Apple foram as menos visadas, com 10% e 8% das solicitações, respectivamente.
“Se os governos começarem a abusar dessas práticas, por exemplo, interpretando ‘ameaças’ de forma muito ampla, isso pode levar à vigilância em massa, à coleta de grandes quantidades de dados e pode comprometer liberdades essenciais”, afirmou Goda Sukackaite, conselheira de Privacidade da Surfshark.
Entre 2016 e 2022, a Apple liderou em taxa de divulgação, aumentando de 76% para 83%. A conformidade da Apple caiu para 79% em 2023, enquanto a taxa do Google cresceu e atingiu 82% em meados de 2024. “Isso faz do Google atualmente a empresa com a maior taxa de divulgação”, observou a Surfshark.
Siga o IT Forum no LinkedIn e fique por dentro de todas as notícias!
A Pure Storage está redefinindo sua estratégia de mercado com uma abordagem que abandona o…
A inteligência artificial (IA) consolidou-se como a principal catalisadora de novos unicórnios no cenário global…
À primeira vista, não parece grande coisa. Mas foi na pequena cidade de Pornainen, na…
O processo de transição previsto na reforma tributária terá ao menos um impacto negativo sobre…
O que antes parecia uma aliança estratégica sólida começa a mostrar rachaduras. Segundo reportagem do…
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos firmou um contrato de US$ 200 milhões com…