Imagem: Shutterstock
A Google anunciou nesta segunda-feira (14) que assinou o primeiro contrato corporativo do mundo para adquirir energia de pequenos reatores nucleares modulares (SMRs). O acordo com a Kairos Power, que planeja construir reatores menores e mais eficientes que os modelos nucleares tradicionais, visa suprir a crescente demanda por eletricidade impulsionada pela inteligência artificial (IA). A previsão é que as operações comecem até 2030, de acordo com informações da Reuters.
Com o avanço da IA, a demanda por energia em centros de dados tem disparado. Estimativas do Goldman Sachs indicam que o consumo de eletricidade em data centers nos Estados Unidos deve triplicar entre 2023 e 2030, exigindo cerca de 47 gigawatts adicionais de capacidade de geração.
Nesse contexto, a energia nuclear surge como uma alternativa viável para garantir um fornecimento contínuo e limpo, apontou Michael Terrell, diretor sênior de Energia e Clima da Google, à imprensa. “Sentimos que a energia nuclear pode desempenhar um papel importante em ajudar a atender nossa demanda (…) de maneira limpa e com uma operação mais contínua”, disse à imprensa.
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O Google planeja adquirir 500 megawatts de eletricidade de seis a sete pequenos reatores modulares (SMRs). Embora esses reatores tenham menor capacidade de geração em comparação com os modelos tradicionais, eles são projetados para serem mais eficientes e econômicos, com componentes fabricados em fábricas, reduzindo os custos de construção. A expectativa é de que mais unidades sejam instaladas até 2035, segundo a imprensa internacional.
Apesar das vantagens em escala e custo, especialistas alertam que o preço final pode ser alto, além das preocupações sobre o descarte de resíduos nucleares de longa duração, um desafio ainda sem solução definitiva nos EUA. Ainda assim, o Google aposta que sua parceria com a Kairos, estruturada como uma “carteira de pedidos”, ajudará a acelerar o avanço e a adoção dessa tecnologia.
Este ano, outras grandes empresas também recorreram à energia nuclear para alimentar suas operações de IA. A Amazon, por exemplo, comprou um data center movido a energia nuclear da Talen Energy em março, e a Microsoft assinou, recentemente, um acordo com a Constellation Energy para ressuscitar uma unidade da usina nuclear de Three Mile Island, na Pensilvânia.
A Kairos Power, que recebeu no final de 2023 uma licença de construção para um reator de demonstração no Tennessee, agora precisa obter aprovações adicionais da Comissão Reguladora Nuclear dos EUA (NRC) e de autoridades locais.
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