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Em um texto assinado nessa segunda (6) pelo CEO da Alphabet, Sundar Pichai, o Google finalmente anunciou sua resposta ao ChatGPT, da OpenAI: o Bard – em tradução livre, Bardo, nome que evoca contadores de histórias, poetas e músicos itinerantes da Europa Medieval. O chatbot, baseada no modelo de conversação e linguagem natural do Google chamada LaMDA (Language Model for Dialogue Applications), é ainda um serviço experimental, que a empresa promete tornar disponível para testes “nas próximas semanas”.
Os novos recursos de IA também integrarão a Pesquisa do Google “em breve”.
Segundo a empresa, o Bard combina o conhecimento disponível na internet e alcançável pelo motor de buscas do Google com os modelos de linguagem desenvolvidos pela empresa ao longo dos últimos anos, baseados em inteligência artificial. Segundo Pichai, o novo bot “pode ser uma canal de criatividade e uma plataforma de lançamento para a curiosidade, ajudando a explicar as novas descobertas do Telescópio Espacial James Webb da Nasa para uma criança de 9 anos, ou aprender mais sobre os melhores atacantes do futebol no momento e, em seguida, conseguir exercícios para construir habilidades”.
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A ferramenta será lançada inicialmente como uma “versão leve” do LaMDA, que requer menor poder de computação para alcançar mais usuários. O objetivo é ter dos usuários o máximo de feedbacks possível antes de um lançamento mais amplo. “Combinaremos feedback externo com nossos próprios testes internos para garantir que as respostas do Bard atendam a um alto padrão de qualidade, segurança e fundamentação em informações do mundo real”, justifica o CEO.
No texto, o executivo afirma que cada vez mais recursos de inteligência artificial estarão nas ferramentas de busca da empresa, tornando as respostas para perguntas complexas “em formatos fáceis de digerir, para que você possa entender rapidamente o panorama geral e aprender mais na Web”.
Além dos produtos do próprio Google, Pichai diz que em março desenvolvedores, criadores e empresas individuais também poderão usar os recursos do Bard. Eles poderão acessar APIs de linguagem generativa desenvolvida em LaMDA com uma variedade de modelos. O objetivo é criar um conjunto de ferramentas e APIs que facilitarão a criação de aplicativos com IA.
“Ter o poder de computação necessário para construir sistemas de IA confiáveis também é crucial para startups, e estamos entusiasmados em ajudar a escalar esses esforços por meio de nossas parcerias com Cohere, C3.ai e Anthropic”, diz, citando três parcerias anunciadas pela empresa recentemente.
Por fim, o CEO da Alphabet diz que a tecnologia é comprometida com “em desenvolver IA de forma responsável”, e cita um conjunto de princípios de inteligência artificial responsável publicados pela empresa em 2018. “Continuamos a fornecer educação e recursos para nossos pesquisadores, fazemos parceria com governos e organizações externas para desenvolver padrões e melhores práticas e trabalhamos com comunidades e especialistas para tornar a IA segura e útil”, assegura.
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