Notícias

Goiás terá primeiro supercomputador de IA com chip de última geração da Nvidia

O Centro de Excelência em Inteligência Artificial da Universidade Federal de Goiás (CEIA-UFG) será o primeiro da América Latina a contar com supercomputadores equipados com as novas GPUs Blackwell B200, da Nvidia. A infraestrutura, voltada para pesquisa e desenvolvimento em inteligência artificial, marca um avanço significativo na capacidade computacional do país.

Com investimento de R$ 40 milhões, a iniciativa tem apoio do governo de Goiás, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG) e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Os equipamentos serão utilizados para o treinamento de modelos complexos de IA e para pesquisas acadêmicas e aplicações industriais.

A diretora do CEIA-UFG, Telma Soares, destaca que a chegada dos supercomputadores coloca o Brasil em condição de competir com centros internacionais. “Essa infraestrutura nos permite desenvolver modelos avançados e acelerar pesquisas em IA, aproximando nossa capacidade computacional da de instituições de referência global”, afirma.

Leia também: Do sucesso nos serviços à IA generativa: a nova era tecnológica da Índia

Três das oito máquinas já estão em Goiânia e serão instaladas provisoriamente no Data Center do Estado de Goiás. A previsão é que toda a estrutura esteja em pleno funcionamento no segundo semestre de 2025, quando será concluída a construção de um novo data center no campus da UFG. A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) também participa do projeto, financiando a infraestrutura elétrica e de refrigeração.

O anúncio foi feito durante a GPU Technology Conference (GTC), evento da Nvidia em San José, nos Estados Unidos. Para Márcio Aguiar, diretor da Nvidia Enterprise para a América Latina, o investimento em IA na educação e pesquisa é essencial para o desenvolvimento tecnológico do Brasil. “Essa iniciativa fortalece a capacidade do país de se consolidar como um polo relevante em IA”, diz.

O CEIA-UFG conduz atualmente mais de 60 projetos de IA em parceria com empresas de diversos setores. Com a nova infraestrutura, a expectativa é que o centro amplie sua capacidade de processamento e possa assumir projetos mais complexos. Um dos destaques é o EnergyGPT, uma plataforma de IA voltada para o setor elétrico.

Arlindo Galvão, coordenador do Competência Embrapii em Tecnologias Imersivas Aplicadas, ressalta que a UFG foi uma das primeiras instituições do país a oferecer graduação em Inteligência Artificial. Para ele, a chegada dos supercomputadores melhora a formação acadêmica e aproxima a pesquisa brasileira de padrões internacionais. “O Brasil dá um passo importante para reduzir sua defasagem tecnológica e criar soluções adaptadas às suas necessidades”, afirma.

Siga o IT Forum no LinkedIn e fique por dentro de todas as notícias!

Recent Posts

Pure Storage aposta em mudança de paradigma para gestão de dados corporativos

A Pure Storage está redefinindo sua estratégia de mercado com uma abordagem que abandona o…

2 semanas ago

A inteligência artificial é mesmo uma catalisadora de novos unicórnios?

A inteligência artificial (IA) consolidou-se como a principal catalisadora de novos unicórnios no cenário global…

2 semanas ago

Finlândia ativa a maior bateria de areia do mundo

À primeira vista, não parece grande coisa. Mas foi na pequena cidade de Pornainen, na…

2 semanas ago

Reforma tributária deve elevar custos com mão de obra no setor de tecnologia

O processo de transição previsto na reforma tributária terá ao menos um impacto negativo sobre…

2 semanas ago

Relação entre OpenAI e Microsoft entra em clima de tensão, aponta WSJ

O que antes parecia uma aliança estratégica sólida começa a mostrar rachaduras. Segundo reportagem do…

2 semanas ago

OpenAI fecha contrato de US$ 200 milhões com Departamento de Defesa dos EUA

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos firmou um contrato de US$ 200 milhões com…

2 semanas ago