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Em 2025, de acordo com a Forrester, a geopolítica está desempenhando papel crucial na aceleração dos investimentos em tecnologias emergentes na Europa. Embora empresas europeias historicamente tenham adotado tecnologias avançadas, muitas vezes dependiam de soluções desenvolvidas fora do continente, especialmente dos Estados Unidos. No entanto, mudanças recentes estão alterando esse cenário, com iniciativas políticas e econômicas visando fortalecer a autonomia tecnológica europeia.
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A IA generativa para linguagem está se tornando uma prioridade estratégica na Europa. Apesar de modelos como o Mistral serem desenvolvidos localmente, a maioria das soluções populares ainda é proveniente de fora. Para mudar isso, a União Europeia lançou o plano “AI Continent”, visando tornar-se líder global em inteligência artificial. Além disso, iniciativas como o consórcio Alliance for Language Technologies e o Language Data Space estão promovendo a coleta e compartilhamento de dados multilíngues, essenciais para desenvolver modelos que reflitam a diversidade cultural e linguística europeia.
Reconhecendo a importância da infraestrutura para o avanço tecnológico, a UE estabeleceu o European High Performance Computing Joint Undertaking. Em 2025, várias “fábricas de IA” foram inauguradas, oferecendo poder computacional e suporte gratuito para pequenas e médias empresas, bem como startups. Essa iniciativa visa democratizar o acesso a recursos avançados, permitindo que mais empresas europeias desenvolvam e implementem soluções inovadoras.
Embora veículos autônomos ainda não sejam comuns nas ruas europeias, tecnologias relacionadas já estão sendo aplicadas em ambientes controlados. A Alemanha, por exemplo, ocupa a quarta posição global em densidade de robôs na indústria manufatureira. Além disso, trens e metrôs autônomos operam em diversos países europeus, e veículos autônomos são utilizados em fábricas e portos. O conflito na Ucrânia também impulsionou avanços em drones autônomos, destacando a importância dessas tecnologias em contextos diversos.
Para consolidar sua posição como líder em tecnologia, a Europa está investindo na atração de talentos internacionais. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou o programa “Choose Europe for Science”, oferecendo bolsas e reduzindo a burocracia para pesquisadores estrangeiros. Paralelamente, o Reino Unido lançou seu próprio plano de ação para oportunidades em IA, demonstrando o compromisso em fomentar a pesquisa e desenvolvimento no setor.
Neste cenário, a combinação de iniciativas políticas, investimentos em infraestrutura e foco na diversidade cultural está posicionando a Europa para desempenhar papel de liderança em tecnologias emergentes. Ao reduzir a dependência de soluções externas e promover o desenvolvimento interno, o continente busca não apenas acompanhar, mas também definir os rumos da inovação tecnológica global.
*Com informações da Forrester
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