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Gartner: 80% dos conselheiros acreditam que conselhos atuais são incapazes de lidar com IA

Quatro a cada cinco (80%) dos membros de conselhos de organizações acreditam que as práticas e estruturas atuais desses órgãos são inadequadas para supervisionar o uso de inteligência artificial. No entanto, 91% enxergam a IA como oportunidade de gerar valor para os acionistas, e não um risco, indica estudo do Gartner.

Os dados fazem parte de um estudo – 2025 Gartner Board of Directors Survey – realizado entre junho e agosto de 2024 com 328 participantes da América do Norte, América Latina, Europa e Ásia-Pacífico. Todos ocupam posições em conselhos de empresas privadas ou públicas.

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“Os conselhos de administração são notavelmente otimistas quanto ao potencial de valor da inteligência artificial, até mais do que CEOs, CIOs e outros executivos, quando comparados com [outros] estudos do Gartner”, diz em comunicado Daniel Sanchez Reina, vice-presidente e analista do Gartner. “No entanto, a maioria dos conselhos reconhece que não está bem-preparada para supervisionar a IA, pois a maioria dos membros não são nativos digitais e carecem de formação tecnológica.”

Segundo Reina, o debate sobre tecnologia é cada vez mais presente nas reuniões de conselho, principalmente por conta dos riscos cibernético e, claro, a IA.

Riscos vs valor

Os conselhos de administração demonstram consenso em relação aos riscos cibernéticos, com 93% vendo-os como ameaça ao valor dos acionistas. Eles expressam preocupações semelhantes sobre a capacidade desses órgãos de supervisionar ameaças cibernéticas, com 67% classificando as práticas e estruturas atuais como inadequadas para lidar elas.

“Os NEDs [membros de conselhos] quase unanimemente reconhecem os riscos cibernéticos e expressam preocupação com as práticas atuais para oferecer supervisão eficaz. No entanto, a maioria (58%) manifesta interesse em assumir mais riscos tecnológicos, em vez de menos”, diz Tina Nunno, vice-presidente e analista do Gartner.

Quando questionados sobre os cinco principais investimentos que levariam a um maior valor para os acionistas nos próximos dois anos, a IA foi a principal escolha geral, figurando no top 5 de 63% dos respondentes. Outras tecnologias apareceram no top 5 de 57%, e investimentos em riscos cibernéticos para 39%.

Para lidar com oportunidades tecnológicas e lacunas nas estruturas atuais de supervisão, os conselhos planejam recrutar mais diretores não executivos e CEOs com expertise em tecnologia e riscos cibernéticos. A pesquisa indica que 77% dizem que terão que nomear mais diretores com experiência em tecnologia nos próximos 12 meses.

Além disso, 72% disseram que precisarão recrutar mais diretores com conhecimento em riscos cibernéticos, enquanto 53% consideram que a expertise tecnológica do próximo CEO será um fator significativo no planejamento de sucessão.

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