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Aportes em fintechs voltam a crescer em 2024, superando todo o ano passado

As fintechs, startups do setor financeiro, estão recebendo mais investimentos em 2024. Relatório divulgado essa semana pela Liga Ventures mostra que o montante captado até outubro já é 13% maior que 2023 inteiro, acumulando R$ 3,92 bilhões em 50 negócios realizados, contra R$ 3,47 bilhões em 61 deals no ano anterior.

O estudo aponta ainda que, com 28% dos negócios, as rodadas maiores (a partir de série B) foram responsáveis por 83% do montante total de 2024 até agora, totalizando R$ 893 milhões em nove rodadas Série B, R$ 2,1 bilhões em três Série C, e R$ 228 milhões em duas rodadas Série E.

No entanto, revela o estudo, houve queda de 40% no investimento em startups early stage entre janeiro e outubro de 2024. No mid stage também foi registrada queda (-29%). As rodadas late stage (Série B em diante) foram responsáveis por puxar o crescimento esse ano: aumento de 40%, impulsionadas por três transações acima de R$ 500 milhões.

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“O mercado de fintechs no Brasil experimentou um crescimento expressivo na última década, impulsionado por fatores econômicos e tecnológicos. (…) No entanto, o setor atualmente enfrenta desafios macroeconômicos, principalmente devido à redução de investimentos globais em startups. Esse cenário exige que as fintechs busquem modelos de negócio mais sustentáveis e lucrativos, ajustando suas estratégias de crescimento e priorizando a eficiência operacional”, ressalta Mateus Oliveira, consultor associado na Liga Ventures.

O estudo lista as categorias que mais captaram em 2024. Em primeiro lugar estão as startups de cobrança e faturamento, que captaram R$ 820 milhões. Em segundo, as de contabilidade e fiscal (R$ 704 milhões), plataformas de conexão e agregação de dados (R$ 650 milhões), gestão financeira (R$ 200 milhões) e conta digital (R$ 208 milhões). Todas essas categorias foram impulsionadas por rodadas acima de R$ 100 milhões.

O especialista diz acreditar que o futuro das fintechs no Brasil depende da capacidade delas de se adaptarem às regulamentações, de investir em “tecnologias chave” e do foco em soluções “que atendam às necessidades do mercado, como aquelas voltadas para pequenas e médias empresas e para a inclusão financeira”, diz.

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