Imagem: Shutterstock
Falta de capacitação, habilidades ou conhecimentos específicos estão impactando a adoção de inteligência artificial por parte das empresas brasileiras. Para 77,2% dos líderes entrevistados por uma pesquisa da consultoria Maitha Tech, a principal consequência dessas lacunas é a implementação inadequada de projetos, que acabam mal planejados e baseados em tecnologias inadequadas.
O estudo – chamada AI Radar – ouviu 101 C-levels, gestores e líderes que atuam com tecnologia, especialmente em grandes e médias empresas, para tentar traçar um panorama sobre o uso de IA nas empresas brasileiras. Eles foram consultados entre junho e julho de 2024 sobre 35 aspectos relacionados ao tema.
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Integração com processos e aplicações existentes (55,4%), talentos e habilidades (55,4%) e custos (44,5%) foram apontadas como principais dificuldades para implementação. Quando perguntados sobre questões regulatórias, socioculturais e econômicas que limitam o uso da IA no Brasil, resistência à mudança, falta de capacitação e medo do desemprego devido à automação foram apontadas por (74,74%).
Apesar do entusiasmo e constantes discussões sobre a IA, os investimentos de fato na tecnologia são modestos. Mais da metade dos entrevistados (52,63%) trabalha em empresas em que foram aplicados até R$ 250 mil em IA em 2024. Outros 15,8% afirmam que ele está acima de 1 milhão de reais, e 10,8% mais de 5 milhões.
Para os próximos anos, a projeção é que os valores subam: em relação às expectativas de investimentos para 2025, mais de 80% dos respondentes afirmam ser maior ou muito maior do que em 2024.
Segundo 76,2% dos respondentes, iniciativas de IA são realidade nas empresas em que trabalham: 43,5% afirmam possuir iniciativas rodando e 22,7% em fase de planejamento. E pouco mais de 11% afirmam que essas iniciativas não serão priorizadas em um plano de médio e longo prazo ou tão cedo.
Segundo os líderes de TI, os fatores que mais contribuem para o avanço da adoção de iniciativas de IA nas empresas brasileiras são o desenvolvimento de parcerias estratégicas (50,5%), investimento em pesquisa e desenvolvimento (50,5%), e o estímulo a cultura organizacional de inovação e experimentação (48,5%).
Em uma escala de 0 a 10, os líderes disseram que o nível de prioridade da inteligência artificial nas decisões estratégicas de TI da empresa em que trabalham é de 7,3.
O estudo pode ser visualizado na íntegra (em PDF) nesse link.
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