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Segurança nacional: Estados Unidos proíbem venda de software da Kaspersky

A partir de 20 de julho, a Kaspersky estará proibida de comercializar seu software para consumidores e empresas americanas, conforme relatado pela imprensa internacional. O governo dos Estados Unidos anunciou, na última quinta-feira (20), a proibição da venda do antivírus da Kaspersky no país, argumentando que a empresa russa representa uma ameaça à segurança nacional e à privacidade dos usuários. A proibição, considerada inédita, foi imposta pelo Bureau de Indústria e Segurança do Departamento de Comércio.

A empresa terá até o final de setembro para fornecer atualizações de segurança para os clientes existentes. Após esse prazo, a Kaspersky não terá autorização para enviar novas atualizações de software para seus usuários no país, de acordo com Gina Raimondo, secretária de Comércio dos EUA.

Raimondo recomendou fortemente que os atuais usuários do software Kaspersky migrem para alternativas, apesar de não estarem infringindo a lei ao continuar usando o software. “Isso significa que seu software e serviços se degradarão. Por isso, recomendo fortemente que você encontre imediatamente uma alternativa à Kaspersky”, disse Raimondo.

A Kaspersky, que tem mais de 400 milhões de clientes individuais e 240 milclientes corporativos em todo o mundo, não divulgou o número de clientes nos EUA, mas reconheceu que possui uma base significativa, incluindo organizações de infraestrutura crítica e entidades governamentais locais e estaduais.

Leia também: EUA x China: sanções americanas impulsionam autossuficiência tecnológica chinesa

O governo dos Estados Unidos tomou essa decisão com base na preocupação de que a Rússia possa utilizar empresas como a Kaspersky para obter e explorar dados pessoais de cidadãos americanos com intenções maliciosas. A medida faz parte de uma série de restrições implementadas desde 2017, quando a administração do ex-presidente Donald Trump proibiu o uso do software da Kaspersky em agências federais por razões semelhantes.

Em resposta, a Kaspersky declarou que pretende recorrer da decisão, alegando, em comunicado, que não participa de atividades que comprometam a segurança dos EUA e ressaltando seu papel na defesa contra ameaças cibernéticas globais, segundo o TechCrunch. “A empresa explorará todas as opções legais disponíveis para manter suas operações e parcerias”, afirmou.

A Secretária de Comércio anunciou que o Departamento de Segurança Interna e o Departamento de Justiça coordenarão esforços para notificar os consumidores afetados nos EUA. O governo dos EUA também lançará um site dedicado para fornecer informações detalhadas sobre os motivos por trás da proibição da Kaspersky e orientações sobre os próximos passos a serem tomados.

Um alto funcionário do Departamento de Comércio esclareceu que não serão divulgadas ações específicas da Kaspersky que motivaram a decisão anunciada, segundo o TechCrunch.

Com informações do TechCrunch.

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