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61% das empresas brasileiras investiram mais de R$ 52 mi em nuvem em 2023

Mais da metade (61%) das organizações brasileiras investiram mais de R$ 52 milhões em nuvem no ano passado – porcentagem maior do que o número global, de 59%, de acordo com dados da pesquisa “The State of Cloud-Native Security Report 2024”, realizada pela Palo Alto Networks.

O foco na cloud, entretanto, traz preocupações. Um deles é sobre o uso de Inteligência Artificial para a geração de códigos – dito como a principal preocupação com relação à segurança na nuvem para 44% das empresas, devido a vulnerabilidades imprevistas e possíveis explorações.

Como os algoritmos criam software de maneira autônoma, a falta de supervisão humana pode levar a falhas de segurança não detectadas. Além disso, o rápido desenvolvimento de código gerado por IA pode ultrapassar os métodos tradicionais de testes de segurança, aumentando a probabilidade de vulnerabilidades.

Ainda assim, diz Haider Pasha, CISO da Palo Alto, 96% das organizações estão planejando usar IA nos próximos 12 meses e 43% delas já estão usando IA hoje.

“Quando olhamos para os riscos empresariais, hoje, o maior risco que vemos está na IA e na sua implementação. Sabemos que praticamente todas as organizações em todo o mundo procuram adotar a inteligência artificial de uma forma ou de outra. O desafio é que elas têm muitos modelos diferentes para escolher, diferentes conjuntos de dados para escolher e possuem diferentes tipos de aplicativos que devem ser utilizados. Cada uma dessas coisas terá problemas”, comenta o executivo.

Leia também: Migração para nuvem: custo e gestão se tornam desafios de projetos

De acordo com o estudo, 50% das empresas usam IA para gerar e otimizar código. O Brasil se posiciona como o terceiro país que mais adota essa prática (57%), atrás apenas de Singapura (60%) e Índia (58%).

O gerenciamento inadequado de acessos à nuvem também é citado, por 35% dos respondentes, enfatizando os desafios que as companhias enfrentam para controlar quem tem acesso à nuvem. No Brasil, comenta Marcos Oliveira, country manager da Palo Alto Networks no Brasil, as cinco maiores empresas de cloud estão bem estabelecidas, mostrando que o País tem uma adoção bem forte de nuvem.

“Na maioria das vezes, as empresas têm, em média, 16 ferramentas diferentes de segurança, com cerca de 14 fabricantes. Ou seja, são 14 telas de gestão para os profissionais. É humanamente impossível ter o contexto completo olhando para diferentes locais”, alerta Oliveira.

Nesse contexto, o executivo afirma que as empresas estão buscando ter eficiência de ferramentas de segurança. Quase todas (94%) as respondentes se beneficiariam de uma solução de segurança centralizada.

“O que mudou na visão das empresas é que está claro que, da maneira que está, não está funcionando. Com a IA é impossível não automatizar e, se você tem várias tecnologias, você não consegue saber o caminho para se proteger”, comenta o country manager.

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