Alessandro Gratão, da Grant Thornton Brasil. Foto: Divulgação
Pouco mais de seis a cada 10 (63%) das empresas brasileiras identificaram uma ou mais fraudes nos últimos 12 meses. Destes, 90% dizem que a “oportunidade” foi a principal motivação que influenciou a ocorrência, e que ela se deve à deficiência ou à ausência de controles, atividades de prevenção, e detecção ou resposta aos riscos.
Os dados fazem parte do Diagnóstico das Fraudes no Brasil, estudo conduzido pela Grant Thornton Brasil, consultoria especialista em auditoria e tributos. Realizado com companhias de diversos segmentos, o relatório mostra que as empresas de pequeno porte (85%) são as que mais sofrem com fraudes que ocorrem pela falta ou deficiência de controles internos.
Para as corporações de médio e grande porte, 80% das ações ilícitas estão relacionadas às falhas ou ausência de mecanismos de resposta a ameaças.
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“Empresas que investem em controle, integridade e prevenção colhem os frutos de uma gestão mais sólida, com redução de riscos, aumento da confiança dos stakeholders e melhoria da reputação”, diz em comunicado Alessandro Gratão, sócio líder de Forensic, Investigation & Dispute Services (FIDS) da Grant Thornton Brasil.
Além disso, 67% dos entrevistados dizem que não aumentaram investimentos em medidas preventivas, revelando uma postura reativa da alta administração, além de maior potencial dos riscos de fraudes.
A pesquisa alerta também para a ameaça significativa ao patrimônio do empresariado brasileiro, já que 46% dos casos relatados envolveram valores de até R$ 500 mil, e em 39% causaram prejuízos milionários, superiores a R$ 10 milhões. No entanto, em 93% das ocorrências, as companhias recuperaram menos de 20%.
A pesquisa também identificou características e comportamentos mais recorrentes dos fraudadores, até encontrar um perfil. A maioria (49%) tem entre um e cinco anos na empresa, ou seja, tem conhecimento suficiente sobre o ambiente de controles e ações de monitoramento. Em 87% das ocorrências, os profissionais tinham entre 26 e 45 anos.
Em 47% dos casos, os fraudadores ocupavam cargos entre coordenador e presidente, seguido de especialistas a assistentes com 32%. Profissionais vinculados a terceiros (clientes, fornecedores, prestadores, subcontratados etc.) foram responsáveis por 14% das fraudes.
A maior motivação das fraudes, segundo 73% das ocorrências, é o ganho financeiro, seguido pelo atingimento de metas (10%), e influência do ambiente ou a cultura organizacional (8%). Fatores diversos como dívidas, vantagem pessoal, vícios e vantagens políticas somam 7%.
Quase nove a cada dez (87%) das fraudes foram cometidas por homens, 11% por mulheres e 2% por ambos em conluio.
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