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Departamento de Justiça dos EUA quer dividir império de publicidade do Google

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) apresentou nesta segunda-feira (6) uma proposta formal para desmembrar partes cruciais do império de publicidade do Google. A medida visa corrigir o que o governo considera uma “campanha de exclusão” que dura mais de uma década, prática que já foi considerada ilegal por um juiz federal, segundo reportagem do The Verge.

Na proposta, o DOJ exige que o Google se desfaça de dois pilares do seu negócio de anúncios: o Ad Exchange (AdX) e o DoubleClick for Publishers (DFP), atualmente conhecido como Google Ad Manager.

Segundo o departamento, o AdX dificultava que anunciantes e editores migrassem para plataformas concorrentes, consolidando o domínio da Google no setor. A sugestão é que a venda do AdX aconteça “o mais rápido possível”, acompanhada de medidas provisórias que obriguem o sistema a se integrar com outras plataformas.

Já a separação do DFP seria feita em etapas. A primeira exigiria que o Google crie uma API para facilitar a integração do DFP com outras exchanges e que permita aos editores exportarem seus dados para outros servidores de anúncios.

Em seguida, o DOJ quer que o Google libere o código usado para os leilões finais de anúncios sob uma licença de código aberto, e que fique proibida de reutilizá-lo em qualquer produto, incluindo DFP, Android, Chrome ou outros.

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No estágio final, o restante do DFP teria que ser vendido a uma entidade diferente daquela que adquirir o AdX. O DOJ também quer impedir a Google de usar dados de plataformas como YouTube, Gmail, Chrome e Search para obter vantagem injusta no mercado publicitário. Isso incluiria o compartilhamento forçado dos dados coletados por meio do DFP com outras empresas.

O Google, por sua vez, contesta a decisão original e entrou com seu próprio pedido judicial propondo ajustes limitados em práticas comerciais, mas sem a necessidade de desmembramento. A empresa pretende apelar do veredito antitruste que motivou o plano do governo.

*com informações do The Verge

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