Com Brain do Bradesco, FICO demonstra potencial de dados para tomada de decisões

Especialista em Analytics reuniu executivos, clientes e parceiros em SP para Forum Latam, com grande destaque para casos de sucesso

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11:50 am - 26 de outubro de 2022
Bill Waid, CPO e CTO da FICO. Foto: Marcelo Gimenes Vieira, IT Mídia

Além de reunir cerca de 600 parceiros e clientes brasileiros para vender as capacidades de sua plataforma de tomada de decisões, a americana FICO quis apresentar usos reais e potenciais das soluções de analytics e demonstrar como é tecnicamente possível usar dados para aprimorar resultados. Para isso se valeu principalmente de casos de sucesso em uma série de sessões realizadas nessa quarta (26) durante o FICO Forum Latam, em São Paulo (SP).

“É a segunda vez que realizamos esse evento, que é o segundo maior que fazemos no mundo”, explicou Stephanie Covert, vice-presidente executiva da FICO, durante a abertura do evento. Segundo ela, que destacou o uso de inteligência artificial e aprendizado de máquinas para lidar com a enormidade de dados disponíveis nas organizações, “contexto e tempo são críticos para entregar uma melhor experiência do cliente”.

Stephanie Covert, vice-presidente executiva da FICO. Foto: Marcelo Gimenes Vieira, IT Mídia

A executiva apresentou uma pesquisa recente da Accenture que indica que os líderes de transformação digital crescem duas vezes mais rápido em receita que os concorrentes late adopters. E que essas mesmas empresas também confiam mais nos dados que possuem para tomar decisões (97% vs 64%).

“O que é único e está mudando o mercado é que existem muitos dados disponíveis para gerar entendimento. E é possível usar analytics para obter resultados”, salientou Bill Waid, CPO e CTO da FICO [na foto de destaque]. “Como extrair resultado desses dados? São precisas máquinas, habilidade de automatizar e achar insights naqueles dados. Mas também de processos para obter resultados de negócio.”

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Segundo o executivo, não é exatamente uma coisa nova – nem mesmo para a FICO, que entrega soluções de decisão desde os anos 1980 –, mas a aplicação prática de IA e em cenários reais de negócio é disruptiva agora. “É uma nova abordagem para algo que já sabemos aplicar no seu negócio.”

Para Waid, as empresas de todos os segmentos tem atualmente cinco grandes necessidades de negócio: contar com recursos combináveis, gerenciamento de ativos, arquitetura flexível, compreensão de contexto e ciência dos resultados esperados. São pilares que, segundo ele, são possíveis de endereçar com o uso de dados para tomada de decisões.

“Se você pensa na forma como se tomam decisões nas companhias, é muito complicado. São muitos stakeholders. E a colaboração é um elemento-chave”, disse à plateia. “O time to market é uma combinação de usar dados e ativos. A gerência disso é o que facilitamos na nossa plataforma.”

O CTO encerrou sua participação no fórum da FICO citando uma frase do Gartner: “dados sem decisões são uma distração.” Segundo ele, é a essência do que a empresa entende e quer fornecer com sua plataforma.

Setor bancário

Um dos casos de sucesso apresentados pela FICO na edição de seu fórum paulistano foi o do Brain, projeto de inteligência de negócios do banco Bradesco – que aliás já foi premiado pela IT Mídia no As 100+ Inovadoras no Uso de TI de 2020. O programa tem buscado transformar a forma como a instituição financeira oferece produtos de crédito aos clientes.

“A ideia foi transformar as soluções de crédito para o cliente e a experiência”, contou Alessandro Zampieri, diretor de produtos de crédito do Bradesco. “Virou o maior programa de transformação digital do banco. Estamos com quase mil pessoas e mais de 15 áreas no projeto. São mais de mil entregas.”

Da esquerda para a direita: Tatiana Sanches, country manager da FICO no Brasil; Alessandro Zampieri e Rafael Cavalcanti, do Bradesco. Foto: Marcelo Gimenes Vieira, IT Forum

Muito embora o projeto tenha começado antes da pandemia, Zampieri diz que foi o período que de realmente o impulsionou. O propósito do projeto, que era transformar a forma de oferecer crédito aos clientes, virou uma necessidade.

“Foi traumático, mas positivo. Porque todas as áreas evoluíram. Dados, crédito, preço, cobrança… Todo ciclo que envolve o crédito teve que ter repensado”, lembrou. O Bradesco usa a plataforma de tomada de decisões da FICO como ferramenta para o Brain.

Segundo Rafael Cavalcanti, superintendente executivo de dados do Bradesco, o projeto permitiu uma maior integração entre as áreas não só para o uso dos dados de negócio, mas para a tomada de decisões. “Silos de dados são uma derrota para todo mundo. Não só as áreas saem perdendo, mas a organização.”

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Marcelo Gimenes Vieira

Jornalista com mais de 13 anos de experiência nos setores de TI, inovação, games, telecomunicações e saúde, sempre com um viés de negócios.

É fundador do The Gaming Era, primeiro portal brasileiro de notícias de negócios com foco no mercado de jogos eletrônicos, os games.

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