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Cláudia Marquesani, CIO da Copa Energia e ex-Petz, fala sobre o legado de transformação

Quando o assunto é TI, a palavra “legado” costuma ser associada a infraestrutura, aplicações ou
sistemas antigos, presentes no cotidiano das equipes de tecnologia. No entanto, no atual momento
da trajetória de Cláudia Marquesani, o termo assume seu significado mais tradicional: as contribuições que um profissional deixa para uma organização após sua passagem.

Isso porque, a executiva acaba de dar um novo passo em sua carreira: após três anos à frente da TI do Grupo Petz, em julho, ela assumiu a liderança de tecnologia da Copa Energia, onde enfrenta desafios em uma nova área de atuação. “Toda vez que se conhece um segmento novo, é como se estivesse aprendendo um novo idioma”, brinca a executiva em entrevista ao IT Forum.

Leia também: No Brasil, 38% das empresas de TI querem contratar no 4º trimestre

Entre os legados deixados na Petz, Cláudia foi reconhecida com o prêmio Executivo de TI do Ano de 2024, na categoria Comércio Atacadista e Varejista, pela liderança do projeto “Geração de Eficiência Operacional” da rede de varejo de produtos pet.

“Quando saí, recebi diversas mensagens pessoais de agradecimento”, relembra a executiva. “Por trás de tudo o que fazemos, está a carreira das pessoas. Estamos aqui para fazer essa diferença.”

Durante sua gestão, Cláudia enfrentou um desafio considerável na Petz: consolidar cinco empresas após processos de fusão e aquisição (F&A), integrando arquiteturas de sistemas, infraestruturas tecnológicas e equipes completamente distintas.

O processo, segundo ela, exigiu uma combinação de ações estratégicas na área de TI com o desenvolvimento de uma nova identidade para a equipe de tecnologia, com foco em uma transformação cultural baseada na cocriação de valor junto ao negócio.

“Em uma F&A, é necessário desapego”, compartilha a executiva sobre a experiência. “Nem sempre seu processo ou tecnologia será o melhor. É preciso estar de coração aberto para adotar o que realmente fará diferença para o negócio. É desafiador, é um exercício de humildade. Aprendemos muito com as empresas que adquirimos, mas também ensinamos.”

Na frente cultural, Cláudia promoveu o que chamou de “resgate da identidade” das equipes de TI, conectando a atuação da tecnologia à estratégia do grupo, alinhada às aquisições. “Se a TI quiser, ela facilmente entra no piloto automático”, avalia. “Você executa suas atividades diárias e esquece da conexão com o negócio e da diferença que faz. Essa valorização individual — a pessoa entender porque está dando ‘enter’ no final do dia — foi o principal fator de sucesso.”

O projeto também foi um espaço para aprendizados pessoais. Um dos objetivos traçados para aproximar a TI do negócio foi entender as necessidades dos usuários finais, o que levou a executiva a visitar pontos de venda da própria marca para compreender melhor as dores dos atendentes do varejo.

“Estar no lugar do usuário me trouxe muitos insights”, lembra. “Algumas decisões de mudança de sistema e tecnologia que tomei foram após visitar lojas, observando dificuldades, entraves e gargalos que tínhamos.”

Além do legado de transformação deixado na Petz, Cláudia assume a nova posição na Copa Energia também com aprendizados adquiridos, pronta para os desafios que virão. “É fundamental estar aberta para considerar as decisões do passado sem preconceitos. Você precisa respeitar o que foi feito anteriormente e construir a partir disso. Isso é muito importante; as pessoas que já estavam na empresa se sentem valorizadas”, finaliza.

*Texto originalmente publicado na Revista IT Forum, disponível aqui.

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