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Brasil lidera expansão de data centers na América Latina, mas avanço tem desafios

O número de data centers, assim como a capacidade de processamento instalada na América Latina, estão se expandindo “significativamente” graças à demanda crescente por computação em nuvem, redes 5G e, mais recentemente, da inteligência artificial (IA). No entanto, a volatilidade econômica, especialmente por conta de flutuações cambiais, as incertezas políticas e o risco de gestão hídrica são obstáculos para quem decide investir no segmento.

É o que defende um relatório recente publicado pela Moody’s, agência americana de classificação de riscos para crédito, ao qual o IT Forum teve acesso. O estudo ressalta a dificuldade de expansão dos data centers na região, apesar da abundância de energia renovável, destacando países como Brasil, México, Chile e Colômbia.

Leia mais: Haddad sobre Brasil taxar big techs: “Vamos aguardar a orientação do presidente”

Esses fatores combinados “representam obstáculos ao retorno do investimento no longo prazo, e reduzem parte da atratividade da região para o desenvolvimento de novos data centers”, diz a agência, “apesar da disponibilidade de energia renovável de baixo custo”. No entanto, a empresa reconhece que os hyperscalers, grandes construtores de data centers, estão investindo na América Latina para expandir áreas geográficas.

No caso específico do Brasil, a agência diz que o País é “o maior mercado de data centers da América Latina”, mas que a “interferência política nas mídias sociais” diminuiu o apetite das grandes empresas de tecnologia pela construção de data centers focados em IA no País. E que esses investimentos foram deslocados especialmente para o Chile.

Por outro lado, a especialista diz que o “fornecimento de energia diversificada e renovável” com “preços de eletricidade globalmente competitivos” e “na sua maior parte prontamente disponível” são um atrativo, apesar da “confiabilidade do abastecimento hídrico” ser um risco. Ainda assim, a região pode ser um porto seguro “particularmente para indústrias intensivas em eletricidade e inquilinos de data centers que se comprometeram com metas de zerar as emissões de carbono”.

A taxa de crescimento projetada para o mercado de data centers na América Latina é de até 21%, com o Chile (+18%), Brasil (+17%) e México (+15%) em destaque. O Brasil deve ser o país que mais vai aumentar sua capacidade de data center até 2029, com 450 MW em construção atualmente e previsão de inauguração até essa data, superando em mais da metade o Chile, que aparece em segundo lugar com 215 MW em construção.

O relatório pode ser visto nessa íntegra nesse link.

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