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Atendimento ruim e lacuna de crédito são oportunidades para fintechs

Empresas de tecnologia, por definição, buscam retornos financeiros, mas elas também gerar um mais positivo para o mercado e a economia em geral. Nesse cenário, as fintechs têm um grande potencial, acredita Amee Parbhoo, diretora da Accion Venture Lab, investidora de fintechs em estágio inicial.

A visão da Accion Venture Lab de apostar em fintechs é a de justamente ajudar na resiliência, prosperidade e crescimento econômicos.

“Existem 2 bilhões de pessoas mal atendidas com 3 trilhões de lacunas de doadores de crédito em todo o mundo para pequenas empresas. Fomos os primeiros investidores do Uber em Hong Kong, Seul. Muitas das instituições financeiras tradicionais que, na época, eram as únicas que liberavam investimento para pequenas empresas, passaram a olhar para esses negócios”, disse ela durante painel no Web Summit Rio, que começou na segunda (1º) na capital fluminense e vai até 4 de maio.

Segundo ela, quando a Accion busca investir em uma fintech, o olhar está direcionado para entender quem é o cliente que a startup atende e se os produtos são acessíveis, justos e responsáveis.

Acompanhe: a cobertura do IT Forum do Web Summit Rio

Outro potencial da tecnologia em prol de ações positivas, segundo Amee, está respaldada na construção de bons sistemas de tecnologia, que permitam conhecer fintechs para oferecer soluções a um custo mais acessível para populações menos favorecidas. Além do produto, a executiva destaca que o Accion Venture Lab analisa a equipe por trás da startup para ver como eles pensam sobre o impacto dos seus negócios.

No Brasil, a executiva enxerga grande potencial nessa seara. Em 2021, a Accion Venture Lab e a K50 Ventures lideraram uma rodada de US$ 3,8 milhões para a Dinie, plataforma de empréstimos brasileira, com a participação da Flourish Ventures, DOMO Invest, Tribe Capital e Capital Lab. A Dinie recentemente fez parceria com o unicórnio fintech uruguaio dLocal para oferecer produtos de pagamento parcelado para PMEs brasileiras.

“O que é realmente incrível é que 70% dos 17 milhões de pequenos negócios no Brasil estão fazendo transações on-line ou aleatoriamente ausentes de pegadas digitais e rastros digitais, dos quais apenas 35% deles têm acesso a crédito. Então há uma grande oportunidade de verdade impacto social e estendido diretamente para essas pequenas empresas”, disse ela.

Um dos segmentos que a Dinie atua é o agronegócio e com a ajuda da fintech a expectativa é de que a startup ajude pequenos agricultores a ter um incremento de US$ 200 milhões em seus resultados.

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