O fim de 2024 se aproxima, e as empresas de segurança da informação já se dedicam a prever o futuro. Segundo a consultoria dataRain, o ano que vem será marcado pela proatividade e pela necessidade de antecipar ameaças, ao invés de somente reagir.
O especialista em cibersegurança da empresa, Leonardo Baiardi, apontou as três principais tendências de cibersegurança para 2025. São elas: integração de IA, segurança em nuvem e cibersegurança como comoditie.
“As empresas que se anteciparem a essas tendências estarão em melhor posição para enfrentar os desafios do futuro, pois 2025 será um ano de grandes mudanças e a cibersegurança precisa estar no centro das prioridades”, diz Baiardi. “Vivemos uma evolução das discussões já saturadas de 2024, que agora ganham uma nova profundidade, exigindo postura mais ativa das empresas.”
A inteligência artificial já deixou de ser uma promessa e está nas soluções de cibersegurança. Para Baiardi, o grande salto em 2025 será a mudança de foco de um modelo reativo para um preventivo.
“Não se trata mais de simplesmente detectar e responder a ataques. (…) Existem muitas vulnerabilidades de dia zero (…) a serem descobertas e que causarão grande disrupção. Por isso a caixa de ferramentas dos respondentes também precisa ficar mais potente, e a integração de IA ajuda bastante nisso”, alega.
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Baiardi ressalta que a integração de aprendizado de máquina nas soluções de segurança pode identificar anomalias e ataques de “dia zero”, que são conhecidos por serem devastadores e imprevisíveis. “Esses ataques costumam ser silenciosos, e dependendo do grupo por trás que o executa, a intenção pode ser variada, como extorsão, ciberguerra, espionagem industrial ou até mesmo entre nações”, explica.
Segundo o especialista, mesmo empresas que não utilizam infraestrutura de nuvem pública são dependentes de softwares baseados nela em alguma medida. O que abre margem para “supply-chain attacks”, ou seja, contra fornecedores, uma vez que a segurança é terceirizada para a empresa fornecedora de SaaS.
“Portanto, a nuvem, além de suas inegáveis vantagens, traz também desafios significativos, como a necessidade de camadas adicionais de segurança e a adaptação de novas estratégias de governança”, diz Baiardi, enfatizando que a proteção desses ambientes deve ser prioridade dos negócios.
“A adoção do uso de plataformas de proteção de aplicativos nativos da nuvem (CNAPP) já é e continuará sendo fundamental para garantir a segurança em ambientes multicloud”, diz. A necessidade de monitoramento constante e automação de processos de segurança é ainda mais crítica para equipes menores ou menos especializadas.
Outra tendência que deve se intensificar em 2025, diz o especialista, é a percepção da cibersegurança como commodity. Para muitas empresas, serviços gerenciados têm se tornado produtos padronizados, oferecidos em catálogos de opções semelhantes, como por exemplo a oferta de SOC.
“Estamos vendo um mercado cada vez mais competitivo, onde a diferença entre as ofertas é mínima. Possivelmente, veremos cenários onde o que vai determinar a escolha será muitas vezes o preço, e não necessariamente o escopo de serviços”, pondera o especialista.
O especialista alerta que é preciso cautela na escolha de fornecedores de serviços de segurança, e aponta riscos. “Escolher a solução mais barata pode parecer atraente, mas pode não garantir a proteção adequada. Cada negócio precisa avaliar suas necessidades específicas e buscar parceiros que ofereçam a melhor combinação de preço e segurança”, diz.
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