5G: Brasil está em estágio inicial, com grande promessa no mercado corporativo

Estudo da Omdia mostra que conexões em 5G ainda são 5,3% do total no Brasil

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12:22 pm - 05 de outubro de 2023

O Brasil ocupa hoje a oitava posição em todo o mundo em redes privativas de conectividade e está em décimo lugar no uso de 5G. Os dados revelados na Futurecom por Ari Lopes, Practice Leader para Service Provider Markets Americas da Omdia, mostram ainda que o País possui 11,4 milhões de conexões 5G, representando apenas 5,3% do total. “Comparado com a China, líder global, o Brasil está nos estágios iniciais dessa revolução tecnológica. No entanto, há um potencial inexplorado gigantesco”, observa ele.

Segundo o especialista, até aqui o foco esteve em construir as redes 5G, mas agora a expectativa é de que o mercado avance para inovar em serviços por meio da tecnologia. O 5G, diz, apresenta grandes oportunidades no mercado corporativo, onde o foco das empresas de telecom tem sido pavimentar a rede para explorar as oportunidades. Ele elencou cinco áreas que estão sendo desenhadas nesse sentido. Confira.

1. 5G na mobilidade corporativa

O primeiro movimento mais óbvio, conta, é a troca de aparelhos no mercado corporativo equipados com 4G para o 5G, um mercado que vai gerar receita de US$ 134 bilhões em todo o mundo até 2027 para as operadoras.

2. FWA

O Fixed Wireless Access (FWA), aplicação que pode funcionar como uma retransmissão em larga escala do 5G, substituindo o Wi-Fi, também tem grande potencial, revela Lopes. A tecnologia oferece uma alternativa inovadora para conectar escritórios sem a necessidade de cabos de fibra. Segundo ele, o uso precoce de redes públicas 5G para mercados selecionados é uma solução fácil de usar, com oportunidades de monetização em áreas mal servidas.

3. Redes privativas

Essa é uma oportunidade de linha de frente, conta Lopes, em estágio inicial receita com intensa concorrência. No Brasil, setores como utilities, energia, agricultura, transporte e logística estão liderando a corrida para adotar redes privativas 5G.

Especificamente, a agricultura, que representa 16% dos anúncios de redes privativas no Brasil, está explorando soluções para aumentar a eficiência e a produção. O especialista lembra que redes privativas por si não dependem de 5G e que o mercado está se desenvolvendo por 4G e outras tecnologias.

4. 5G para edge computing

O 5G também abre portas para tecnologias emergentes como Edge Computing, que melhora a eficiência ao processar dados mais perto da fonte. O crescente interesse da indústria com multiplicação carece de resultados tangíveis e de um claro modelo de negócio.

5. Slicing

Segundo Lopes, o 5G foi feito para ser reflexivo. Pela sua capacidade, é possível pegar fatias da rede e dedicar a determinados clientes. Na perspectiva do especialista, a rede slicing ainda deve levar dois anos para ganhar espaço no mercado.

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Déborah Oliveira

Editora-chefe e diretora de Conteúdo do IT Forum, Déborah Oliveira é jornalista com mais de 17 anos de experiência na área de TI. Tem passagens pelas redações da Computerworld, CIO e IDG Now!. Bacharel em Jornalismo, com graduação executiva em Marketing, e MBA em Marketing. Em 2018, foi vencedora do prêmio de melhor Jornalista de TI no Brasil, do Cecom. Em 2019 e 2020, foi destaque do mesmo prêmio na categoria Telecom. É uma das autoras do livro “Da Informática à Tecnologia da Informação – Jornalistas Contam Suas Histórias”, pela editora Reality Books, lançado em 2020.

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