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49% dos líderes de cibersegurança no Brasil sofreram incidentes no último ano

Se por um lado o trabalho híbrido tem capacitado os funcionários a trabalharem de qualquer lugar, por outro tem acrescentado uma nova camada de desafio para os profissionais de cibersegurança. Novo estudo da Cisco, feito com 6.700 profissionais da área de 27 países, incluindo o Brasil, apontou que 84% dos entrevistados no País dizem que seus funcionários estão usando dispositivos não registrados para acessar recursos e plataformas corporativas.

Esse novo cenário coincide com o aumento de incidentes de segurança cibernética. Quase 5 em cada 10 entrevistados (49%) no Brasil disseram ter sofrido um incidente de segurança cibernética nos últimos 12 meses. Os três principais tipos de ataques sofridos foram malware, vazamento de dados e phishing. As consequências também são financeiras. Entre as empresas que sofreram um incidente, 61% disseram que o ataque custou pelo menos US$ 100 mil, e 32% disseram que lhes custou pelo menos US$ 500 mil.

Leia também: Aplicações de nuvem com malware cresceram 30% em 2022

Para os líderes entrevistados, há uma relação causal entre o home office e o aumento da vulnerabilidade. 76% dos entrevistados no Brasil defendem que o login remoto para o trabalho híbrido aumentou a probabilidade de ocorrência de incidentes de segurança cibernética.

“Essa pesquisa reitera a importância do acesso seguro aos trabalhadores do modelo de trabalho híbrido no mundo todo, não importa o dispositivo. As ameaças estão por toda a parte e, por isso, é necessário pensar a segurança de forma diferente, antecipando, monitorando e automatizando toda a infraestrutura de TI das companhias”, afirma Fernando Zamai, Líder de Cibersegurança da Cisco do Brasil.

Na visão dos líderes de segurança, esse cenário se torna ainda mais complexo uma vez que os trabalhadores estão se conectando ao trabalho a partir de múltiplas redes, seja em suas casas, cafeterias ou shoppings. Cerca de 92% dos entrevistados no Brasil dizem que seus funcionários utilizam pelo menos duas redes para se conectar ao trabalho, e 41% dizem que seus funcionários utilizam mais de cinco redes.

Sem otimismo

A expectativa não aponta sinais de melhora, com 66% dos líderes de segurança no Brasil acreditando que os incidentes de cibersegurança provavelmente perturbarão seus negócios durante os próximos 12-24 meses. O lado positivo, na análise do estudo, é que eles estão se preparando para se protegerem de ameaças internas e externas. 93% dos líderes de segurança no Brasil esperam que sua organização aumente os investimentos de cibersegurança em mais de 10% durante 2023, e 96% esperam atualizações na infraestrutura de TI da companhia dentro dos próximos 2 anos.

A pesquisa alerta que nesse cenário, a capacidade de verificar a identidade de cada usuário, independentemente de sua localização, é essencial. As organizações também devem ter a capacidade de prevenir e responder a ameaças nesta era da nuvem e, por fim, devem considerar maneiras de aumentar a automação, liberar recursos e se concentrar nos times de segurança.

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