Eduardo Lopes, CEO da Redbelt. Imagem: divulgação
Nos últimos anos, a Black Friday se transformou em uma verdadeira corrida de obstáculos para os consumidores online. A promessa de descontos vantajosos atrai milhões, mas, junto com os compradores, também vem um batalhão de cibercriminosos, dispostos a tirar proveito da pressa e do entusiasmo que tomam conta dos usuários.
A pesquisa do Instituto DataSenado confirma que, no último ano, um quarto da população brasileira com mais de 16 anos foi vítima de golpes digitais. Isso representa mais de 40 milhões de pessoas, atingidas por fraudes diversas, desde a clonagem de cartões de crédito até invasões bancárias. A proximidade da Black Friday — dia em que o comércio eletrônico registra picos de vendas — tende a agravar essa situação.
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Um levantamento recente da Redbelt Security, uma consultoria brasileira especializada em cibersegurança, indica que mais de 100 páginas falsas têm sido criadas diariamente no país, com foco nas ofertas da Black Friday. De 17 de outubro a 4 de novembro, 1.296 sites fraudulentos surgiram na web. Nos primeiros dias de novembro, a média diária chegou a 106 novas páginas, projetadas para simular os layouts das maiores redes varejistas e plataformas de viagens.
Eduardo Lopes, CEO da Redbelt, comenta que o cenário pode piorar. Com o aumento progressivo nos últimos dias, há a expectativa de que o número de sites falsos possa triplicar até a data oficial, 29 de novembro. O período é um prato cheio para criminosos digitais que sabem como explorar a falta de atenção de consumidores diante de ofertas que prometem o impossível. A Arte do Golpe Digital Os fraudadores têm se sofisticado. Lopes ressalta que, apesar da aparência convincente, esses sites fraudulentos costumam apresentar pistas que podem ser percebidas pelos mais atentos. A URL é o primeiro indício.
Sites oficiais possuem certificados de segurança, facilmente reconhecidos pelo símbolo de cadeado ao lado do endereço. Outra característica é a qualidade das imagens. Sites falsos frequentemente exibem fotos de baixa resolução, pixelizadas, sinal de que algo não está certo. Além disso, a urgência imposta por algumas promoções — “Última chance!”, “Só hoje!” — é um truque de engenharia social que força o usuário a agir por impulso, sem questionar a veracidade da oferta.
Em um ambiente onde a corrida pelo desconto pode levar ao prejuízo, Lopes sugere cautela. Se uma promoção parece boa demais para ser verdade, é melhor investigar antes de clicar. Uma prática simples é comparar preços com outras lojas ou consultar a média de preços em buscadores online. O período de promoções que antecede a Black Friday é terreno fértil para fraudes. E os números falam por si: com a expectativa de crescimento exponencial das páginas fraudulentas, a única forma de escapar dos golpes é manter a atenção.
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