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Nokia fecha acordo para compra da Alcatel-Lucent por 15,6 bi de euros

Um novo gigante no mundo de rede e infraestrutura de telecomunicações está prestes a surgir. Os conselhos da Nokia e da Alcatel-Lucent aprovaram a compra da francesa pela finlandesa pelo valor de 15,6 bilhões de euros. A manobra cria uma corporação para fazer frente à Ericsson e à Huawei, dois dos principais nomes deste mercado em âmbito global.

As conversas sobre a união já vêm de alguns anos e era vista como a única saída para que ambas pudessem competir com Ericsson e Huawei, sobretudo com a fabricante chinesa que nos últimos anos ganhou participação não apenas no mercado chinês, mas também na Europa, América Latina e outros países da Ásia.
Em conferência de imprensa em Paris, o CEO da Alcatel-Lucent, Michel Combes, afirmou que a operação era pequena demais para fazer frente aos principais concorrentes e que a fusão com a Nokia era clara e evidente.
O acordo celebra a união de dois campeões da indústria nacional em seus respectivos países, Alcatel-Lucent na França e Nokia na Finlândia, mas que vinham sofrendo para competir num ambiente de negócios cada vez mais globalizado, onde a concorrência chinesa incomoda não mais apenas pelo preço, mas também pela evolução do portfólio. Com a operação, a Nokia volta a ser um líder global e ganha acesso a grandes clientes da Alcatel-Lucent nos Estados Unidos, além de um interessante portfólio de tecnologias de internet para complementar seu leque de produtos wireless.
A operação aprovada pelos conselhos das duas companhias deve ser concluída, contudo, apenas no primeiro semestre de 2016, já que ainda dependerá da aprovação dos acionistas da Nokia e também de autoridades reguladoras. Em comunicado enviado ao mercado, a Nokia afirma que a combinação dos dois negócios elevará muito a capacidade de inovação e informou que manterá como entidades separadas as células de pesquisa e desenvolvimento (Bell Labs, da Alcatel-Lucent, FutureWorks, da Nokia, e a divisão Nokia Technologies, que tem buscado desenvolvimento de produtos como devices móveis).
Com a união das empresas, a nova entidade que administrará esse gigante das telecomunicações será a Nokia Corporation, com sede na Finlândia, mas com forte presença na França. A expectativa é que a combinação das empresas gere sinergia para uma redução de custo de 900 milhões de euros, que deve ser atingida até 2019. Essa redução deve vir de diversas frentes, como manufatura, racionalização de produtos que competem entre si, reorganização das equipes de vendas e ganhos a partir de compras conjuntas.

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