3 disrupções da Netflix para inspirar projetos inovadores

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7:09 pm - 02 de fevereiro de 2017

“Qualquer um pode fazer inovação disruptiva. Pode ser sobre algo que você conhece ou não, mas é possível”. A afirmação é de Flávio Pripas, diretor do Cubo Network, centro de empreendedorismo lançado pelo Itaú que tem como foco promover startups.

Durante participação na Campus Party, nesta quarta-feira (02/01), Pripas buscou inspirar novos empreendedores por meio de exemplos de sucesso que foram disruptivos, ou seja, transformaram um modelo de negócios. Além de citar casos do Uber – que é a principal plataforma de transporte sem ter nenhum carro -, Airbnb – maior sistema de hospedagem sem ter um endereço -, ou o WhatsApp – plataforma de comunicação sem nenhuma antena de telecomunicações.

Mas o principal exemplo, para Pripas, está na Netflix, atualmente o principal serviço de streaming com 75 milhões de usuários em todo o mundo. Ele dividiu em três passos os processos disruptivos da companhia, que mostram como ideias simples podem se transformar em algo totalmente revolucionário. “Para mim, a Netflix é um dos poucos exemplos que tiveram quebras de paradigmas tão grandes como essas.”

1. Serviço de entrega da DVDs
“Poucos sabem, mas a Netflix começou com entregas de DVDs na casa dos clientes”, conta Pripas. Na época, em meados de 1996, o modelo de aluguel de filmes era muito forte. No entanto, existiam multas caso clientes não devolvessem no prazo, o que muitas vezes era um transtorno. A Netflix implementou um modelo mensal em que os assinante pagavam um valor fixo e poderiam alugar quantos filmes quisessem. O que se viu foi uma enorme queda da então líder do segmento, Blockbuster, e o aumento exponencial da Netflix.

2. Streaming
A segunda quebra de paradigma veio por volta de 2006, quando a Netflix passou a oferecer acesso a streaming de filmes. “Eles viram que muitas pessoas estavam consumindo vídeo pela internet, como YouTube, e o avanço da banda larga.”

3. Produção de conteúdo
É a mais recente das novidades da Netflix, que passou a produzir conteúdo próprio. “A empresa começou a ligar a inteligência ao que os assinantes estavam assistiam. Conseguem saber o que cada idade, gênero, sexo etc consomem no aplicativo e, com isso, começou a criar séries próprias. Fazem os conteúdos que o público quer ver.”

“A nova geração (crianças de até 5 anos) sequer conhece o conceito de televisão. “Essa geração não vai ter relação com a Rede Globo, por exemolo. É uma geração que nao tem paciência e não dá para lutar contra isso. É um mundo novo e isso é inovação disruptiva”, finaliza.

 

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