Negociação salarial do setor de TI em SP segue emperrada

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9:35 am - 24 de fevereiro de 2017

Empresários do setor de TI e o Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo) voltaram a se reunir na última quinta-feira (23/02) para a sétima rodada da Campanha Salarial 2017 dos trabalhadores de TI do Estado de São Paulo. Novamente a negociação ficou emperrada e a reunião terminou sem acordo.

A oferta patronal chegou a um índice de reajuste de 6,29%. Como o percentual ainda está abaixo do que o Sindpd pleiteia, a diretoria do Sindicato encerrou as conversas. O Sindpd afirma que não há um aumento real

“Encerramos as negociações e vamos consultar a categoria”, resumiu o presidente do Sindpd, Antonio Neto, ao término da mesa de debates. O Sindicato afirma ter chegado a essa posição não sem antes ter feito todos os esforços possíveis para proteger os interesses dos trabalhadores e buscar chegar a um consenso com a comissão patronal.

Insistência no parcelamento
No início da sétima rodada, a comissão formada pelo Seprosp (sindicato das empresas) chegou à mesa disposta a manter a sua busca por achatamento de salários. Mesmo depois de o presidente do Sindpd ter afirmado nas duas rodadas anteriores que não aceitaria fatiamento do reajuste, a comissão patronal iniciou os debates desta quinta-feira propondo um aumento parcelado de 5% a partir de janeiro e outros 1,29% apenas em novembro, além de um abono de 8%.

Ameaças de greve
Trabalhadores de TI de SP não descartam greveCom a intransigência do setor patronal, segundo o Sindpd, que voltou a trazer à mesa uma proposta de escalonamento do reajuste salarial, o sindicato dos trabalhadores já se movimenta para uma possibilidade de greve dos profissionais de TI.

Principais demandas do Sindpd:
• Reajuste salarial de 8,29% (IPCA de 2016 (6,29%) mais 2% de aumento real);
• Redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais sem diminuição de salários;
• Pagamento de vale-alimentação;
• Vale-refeição de R$ 20 para jornada superior a 6h/dia e R$ 18 para até 6h/dia.
• Pagamento integral de plano médico, hoje custeado em 70% pelos trabalhadores;
• Auxílio-creche de 50% para crianças de até 72 meses;
• Hora extra de 100% nas duas primeiras horas e 150% nas demais e finais de semana;
• Licença-maternidade obrigatória de 180 dias;
• Seguro de vida equivalente a 30 pisos salariais;
• Garantia de reembolso de km para trabalhadores que usam os próprios veículos;
• Pagamento de vale-cultura;
• Custeio de bolsa de estudo para qualificação profissional.

Propostas do Seprosp:
• Reajuste salarial de 6,29% parcelado em duas vezes (4,4% agora e 1,89% em novembro), além de abono de 5% em agosto;
• Vale-refeição de R$ 17,50;
• Manutenção da jornada de trabalho em 40 horas semanais;
• Redução da multa para empresas que atrasam salários;
• Desobrigação de continuidade da PLR para empresas que já pagam o benefício;
• Desconto do vale-refeição em caso de faltas ou ausências dos trabalhadores;
• Rejeição a todas as demais propostas feitas pelo Sindpd.

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