Carreira

Burnout na pandemia e as prioridades para o RH no cenário atual

O ano de 2020 foi atípico e marcado por muitos acontecimentos que nem os mais assíduos especialistas conseguiriam prever. A psicóloga Nayara Teixeira, da MAPA, alerta para a saúde das equipes nesse cenário, que em grande parte não estavam nem psicologicamente e nem financeiramente preparadas para a pandemia.

Dentro do “novo normal” imposto desde março, um dos principais problemas dos RHs tem sido lidar com o esgotamento dos funcionários. Os gestores precisam estar preparados para entender as implicações da pandemia na saúde mental dos funcionários. “Foi necessária muita energia para enfrentar tudo que aconteceu até aqui. Funcionários em home office. Crise econômica. Famílias compartilhando espaço para trabalho e estudo. Desafios e incertezas sobre o futuro e todos os impactos disso”, explica ela.

Esse “esgotamento” dos profissionais também é conhecido por outro nome quando é diagnosticado como uma patologia: Síndrome Burnout. Caracterizada pela exaustão física e psíquica, o transtorno está registrado no grupo 24 da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas relacionados à Saúde (CID-11).

“Essa condição impactará a saúde mental, e consequentemente o corpo do indivíduo. Um estresse crônico, em conjunto com a autocobrança excessiva destroem as forças do funcionário”, alerta a psicóloga que vai além. “Muito adoeceram pelo desgaste da pandemia e outros que já estavam doentes tiveram os sintomas agravados”.

Leia também: Qualcomm anuncia Snapdragon 888 para destravar experiência móvel premium

Segundo a psicóloga, solidão, cobrança e a própria incerteza quanto ao futuro contribuem para a atenuação do estresse. “Tanto a liderança, quanto os colaboradores estão vivendo uma nova realidade em que enfrentam desafios que não eram esperados. Todos precisam entender essas diferentes perspectivas e traçar um plano comum para melhorar a qualidade de ambos”.

De acordo com a psicóloga da MAPA Avaliações, é normal que gestores cobrem mais diante de dificuldade. Não por maldade, mas por desejar que suas equipes produzam aquilo que de fato são capazes. “Porém, os fatores incomuns da pandemia impactam na produção dos funcionários que acabam se esgotando”.

A saúde mental já era uma preocupação dos RHs no Brasil e o cenário atual apenas acelerou essa premissa. “Nos últimos anos vimos um crescimento da preocupação com a psicológico das pessoas. Isso também é uma realidade no mundo corporativo. Sabemos que funcionários mais felizes não só produzem mais, mas lidam melhor com adversidades”.

Recent Posts

Pure Storage aposta em mudança de paradigma para gestão de dados corporativos

A Pure Storage está redefinindo sua estratégia de mercado com uma abordagem que abandona o…

1 semana ago

A inteligência artificial é mesmo uma catalisadora de novos unicórnios?

A inteligência artificial (IA) consolidou-se como a principal catalisadora de novos unicórnios no cenário global…

2 semanas ago

Finlândia ativa a maior bateria de areia do mundo

À primeira vista, não parece grande coisa. Mas foi na pequena cidade de Pornainen, na…

2 semanas ago

Reforma tributária deve elevar custos com mão de obra no setor de tecnologia

O processo de transição previsto na reforma tributária terá ao menos um impacto negativo sobre…

2 semanas ago

Relação entre OpenAI e Microsoft entra em clima de tensão, aponta WSJ

O que antes parecia uma aliança estratégica sólida começa a mostrar rachaduras. Segundo reportagem do…

2 semanas ago

OpenAI fecha contrato de US$ 200 milhões com Departamento de Defesa dos EUA

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos firmou um contrato de US$ 200 milhões com…

2 semanas ago