No filme
Ex-Machina: Instinto Artificial, vencedor do Oscar na categoria efeitos visuais, um jovem interage com a primeira
inteligência artificial com características físicas semelhantes às dos humanos. O resultado é surpreendente e muito próximo das relações entre pessoas. Contudo, ao final (e
aqui vem um spoiler. Se você não assistiu ao filme, pule para o próximo parágrafo), a máquina engana o humano e fica livre para fazer o que quiser.
Por muito anos, o cinema retratou histórias como essa: de disputas entre homem e máquina. Mas, o futuro indica outro roteiro com
máquinas lado a lado dos homens, contribuindo para uma série de atividades. “Os filmes modernos já mostram um relacionamento de parceria entre os dois, apontando que estamos no meio de uma transformação histórica, dando início à digitalização e à era cognitiva”, afirma Paulo Carvão, líder global de Systems da IBM.
Computação cognitiva é uma das grandes áreas de investimento da Big Blue. Carvão relata que a empresa aposta forte no tema com ofertas de infraestrutura, combinadas com soluções de software como IBM Watson.
Um dos
exemplos do uso do Watson, indica, é no processamento de dados no setor de saúde. Um radiologista que analisa, em média, 700 imagens por dia para identificar problemas, pode contar com o apoio do Watson para que a tecnologia faça uma análise prévia e separe uma quantidade de resultados que apresentem indícios de alterações para checagem humana.
“São exemplos de acesso ao ‘dado invisível’ e como a tecnologia pode assistir o profissional e não competir.” Ele lembrou que computação cognitiva é uma das melhores ferramentas para ajudar a humanidade a enxergar mais de 80% de dados obscuros.
Evolução da unidade de hardware
Em entrevista exclusiva ao IT Forum 365, Carvão relatou que a unidade de hardware passou por grandes transformações na IBM para acompanhar as mudanças do mercado rumo às empresas digitais e às transformações dos negócios em torno de cloud, dados, mobile e social. Além disso, Carvão indica que essas mudanças estão em linha com estratégia de avançar no universo cognitivo. “Infraestrutura é fundamental para habilitar essa nova era”, justifica.
A ideia das evoluções na área era alinhar e simplificar o portfólio. “Os sistemas IBM se realinharam para oferecer infraestrutura e segurança que sustentam os negócios cognitivos: IBM Power, IBM Storage e Software Define Computing, zSystems e LinuxONE”, completa o executivo.
Ele lembra que no mundo corporativo todos os negócios estão se tornando digitais e de olho nesse cenário a empresa direcionou seu posicionamento para apostar em tecnologias do futuro que integram hardware e software. “Tomamos essa decisão de investir nas tecnologias do futuro, como storage, software defined storage e cloud híbrida, por exemplo”, relata.
As expectativas do executivo para a área são altas. “Queremos aumentar nossa participação em storage, dar ênfase em sistemas Power com Linux e manter o sucesso do mainframe, não só como acontece no Brasil, como também no mundo”, conta, acrescentando que, atualmente, a área hardware representa 10% do faturamento global da IBM. “Estou otimista, independentemente do momento econômico, o potencial de negócios e a capacidade de inovação continuam sendo as mesmas para nós.”