Na era digital, CIOs adotam novas formas de trabalho
Na nova era digital, as empresas passam por uma nova fase, na qual são obrigadas a renovarem seus ambientes de trabalho de maneira a incentivar a agilidade e a produtividade. Para isso, os CIOs estão modificando os ambientes físicos e adotando o uso de softwares em prol da colaboração.
No Bank of New York Mellon, por exemplo, grande parte da sua equipe de TI foi transferida para centros de inovação no Vale do Silício, New Jersey e Chennai, na Índia. Dessa forma, seus funcionários passaram a trabalhar em mesas onde uns poderiam conversar com os outros e trocarem ideias – diferentemente do que acontecia nos cubículos tradicionalmente adotados pelos escritórios da empresa, como explicou o CIO, Suresh Kumar, durante MIT Sloan CIO Symposium, que aconteceu na última quarta-feira (20/5) em Cambridge, Massachusetts. Suresh comentou que o modelo adotado lembrava o de uma startup.
A mesma estrutura foi implementada pela Microsoft, de acordo com o gerente-geral de TI para vendas, serviços e suporte, Andy Erlandson. No Brasil, a empresa também apostou no modelo. Além da atuação conjunta (e literalmente lado a lado) de engenheiros de software, programadores e gerentes de negócios, a empresa também dispensou muito do papel utilizado para impressão e o substituiu por documentos eletrônicos.
O desafio maior enfrentado pelas empresas foi a adaptação dos funcionários ao novo modelo. No caso do Bank of New York Mellon, a equipe foi resistente, não queriam o que não mais se parecia com um banco, mas aceitaram melhor quando Suresh anunciou seu plano de também ficar ao lado da equipe.
Na Microsoft, o fato de não terem mais relatórios em papel foi um dos pontos que mais demorou para ser assimilado – e que só começou a ser aceito quando os gerentes passaram a se negar a ler documentos impressos.
Como saber se as mudanças irão funcionar?
Na The Advisory Board Co., que também modificou o ambiente de trabalho de seus 3,5 mil funcionários, o CIO Daniel Holohan começou a aplicar pesquisas para verificar se seus colaboradores estavam satisfeitos com a tecnologia disponível para realizarem seu trabalho e, em caso negativo, o que poderiam fazer para adotar as ferramentas que estavam faltando.
O banco New York Mellon criou métricas para mensurar se as ferramentas da empresa estavam sendo bem aproveitadas e, em caso negativo, adotou medidas para modificar seus processos.