Notícias

Mobile Money cresce na América Latina, afirma GSMA

A indústria do dinheiro móvel na América Latina e Caribe (LAC) tem visto um rápido crescimento desde a sua criação em 2011, quando o primeiro serviço foi lançado. Atualmente, a região conta com 32 serviços ativos em 17 mercados, com 23 milhões de contas, segundo dados revelados nesta quarta-feira, 1/3, pela GSMA durante o Mobile World Congress 2017, em Barcelona. O número de contas registradas aumentou cerca de 35 por cento durante o último ano, posicionando a região como o mais rápido crescimento nesta categoria. Quarenta e sete por cento de todas as contas registradas estavam ativas numa base de 90 dias, a taxa de atividade de dinheiro móvel mais elevada do mundo.

A indústria de dinheiro móvel da América Latina e Caribe apresenta sinais de crescente maturidade e crescimento futuro. Setenta e cinco por cento dos serviços de dinheiro móvel da LAC já estão oferecendo serviço por meio de um aplicativo de smartphone, e os padrões de uso sugerem que o dinheiro móvel está mais integrado à infraestrutura de pagamentos do que em outras partes do mundo, sendo que os pagamentos comerciais representam 57 por cento das transações (a média global é de 5 por cento) e os pagamentos no atacado representam quase 7 por cento das transações (a média global é de pouco mais de dois por cento).

“Ainda há um grande mercado inexplorado para dinheiro móvel na região da América Latina e Caribe – o dinheiro móvel ainda está nascendo na maioria dos mercados”, comentou Cabello. “Regulamentação, acesso à infraestrutura bancária e parcerias público-privadas serão essenciais para impulsionar a adoção futura de serviços de dinheiro móvel.”

Para ter uma real dimensão do potencial da região para o mobile money, basta olhar para o crescimento das conexões 4G.

Conexões 4G crescem 121% em 2016

O número de conexões 4G cresceu 121% na América Latina em 2016. A taxa de crescimento foi quase o dobro da média global e foi impulsionada pelo investimento contínuo em redes e serviços 4G por operadoras móveis na região.

Com isso, a AL atingiu no final do ano passado a marca de 113 milhões de conexões 4G, que representaram 17% do total de conexões. Para efeito de comparação, foram registradas 51 milhões de conexões 4G na região em 2015. A previsão é que o número ultrapasse os 300 milhões até o final da década, representando, nessa ocasião, quase 40 por cento do total de conexões na região.

Maior mercado da região, o Brasil viu o número de conexões 4G mais do que dobrar no último ano, saltando de 25,4 milhões no final de 2015 para 60,1 milhões ao final de 2016.

Argentina e México aparecem em segundo lugar, com cerca de 12 milhões de conexões cada, de acordo com dados do último trimestre de 2016 liberados pela GSMA. Colômbia, com 7,2 milhões, e Peru, com 5,7 milhões, aparecem logo atrás.

Um total de 97 operadoras móveis lançaram comercialmente redes 4G em 39 países da América Latina até o final de dezembro de 2016, e a expectativa é que muitas outras lancem 4G nos próximos anos. Segundo a GSMA Intelligence, as redes 4G já cobrem 68 por cento da população latinoamericana hoje, e devem cobrir 83 por cento da população da região até 2020.

Os dados mostram também que o crescimento da tecnologia 4G na América Latina também se correlaciona fortemente com a adoção de smartphones. Os smartphones representaram 55 por cento do total de conexões móveis na região no final de 2016.

“Em face de uma economia digital em rápida evolução, os quadros regulatórios de telecomunicações de muitos países permanecem ancorados no passado. O futuro requer uma abordagem mais flexível e tecnologicamente agnóstica da regulação, descartando regras que já não refletem a dinâmica da indústria. A GSMA recomenda que os governos promovam maior qualidade de serviço e inovação por meio da competição – mais que perpetuar regras e obrigações desatualizadas “, continuou Cabello.

O caminho para o 5G
Ainda segundo a GSMA Intelligence, as redes 5G começarão a ser lançadas na América Latina a partir de 2020. O 5G será desenvolvido sobre o sucesso do 4G em fornecer as redes e plataformas que irão impulsionar a transformação digital contínua da sociedade. Isso permitirá novos cenários de uso, tais como IoT (Internet das Coisas) maciça e comunicações críticas, além de novas aplicações ligadas à banda larga móvel avançada. As conexões M2M na região da América Latina chegaram a 25 milhões no final de 2016 e são previstas para atingir mais do que o dobro, com 53 milhões de conexões em 2020.

O 5G também irá acelerar a concorrência entre as operadoras, os players da Internet e o ecossistema mais amplo. 5G exigirá um espectro móvel novo e amplamente harmonizado (em bandas de frequências baixas e altas) para assegurar a implantação das redes no tempo certo, maximizar o investimento na rede e, assim, disponibilizar toda a gama de capacidades potenciais de 5G.

“É imperativo que estabeleçamos as fundações para dar suporte à adoção desta nova tecnologia quando ela chegar, por exemplo, estabelecendo um roteiro claro de alocação de espectro e definindo um caminho para modernizar os regulamentos de legado existentes, que seriam facilitadores críticos para ajudar a alcançar esse objetivo “, disse Cabello.


Recent Posts

Pure Storage aposta em mudança de paradigma para gestão de dados corporativos

A Pure Storage está redefinindo sua estratégia de mercado com uma abordagem que abandona o…

4 semanas ago

A inteligência artificial é mesmo uma catalisadora de novos unicórnios?

A inteligência artificial (IA) consolidou-se como a principal catalisadora de novos unicórnios no cenário global…

1 mês ago

Finlândia ativa a maior bateria de areia do mundo

À primeira vista, não parece grande coisa. Mas foi na pequena cidade de Pornainen, na…

1 mês ago

Reforma tributária deve elevar custos com mão de obra no setor de tecnologia

O processo de transição previsto na reforma tributária terá ao menos um impacto negativo sobre…

1 mês ago

Relação entre OpenAI e Microsoft entra em clima de tensão, aponta WSJ

O que antes parecia uma aliança estratégica sólida começa a mostrar rachaduras. Segundo reportagem do…

1 mês ago

OpenAI fecha contrato de US$ 200 milhões com Departamento de Defesa dos EUA

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos firmou um contrato de US$ 200 milhões com…

1 mês ago