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Mobile DevOps, uma mudança cultural no modelo de entrega de apps móveis

A
ascensão dos smartphones e a mudança do comportamento por parte de seus
usuários ao longo dos últimos anos obrigaram as organizações a oferecer
mais e mais soluções móveis que facilitem sua vida, desde apps que
ajudam na rotina pessoal do seu dia a dia, passando pela interação com
as mídias sociais, até a execução de suas atividades de trabalho. Todos
os usuários querem novidade e inovação. No entanto, misturar dados
pessoais e corporativos num mesmo dispositivo pode gerar muita dor de
cabeça. Há desafios únicos quando se trata de entrega de aplicativos
corporativos para dispositivos móveis.      

O
primeiro deles é em relação a questões do nível de segurança aplicado.
Isso implica em não expor dados confidenciais da empresa. Dependendo da
estratégia escolhida, o processo pode ser invasivo demais em relação aos
arquivos pessoais do funcionário. Um exemplo muito comum acontece
quando certos dados confidenciais não devem ser enviados por
aplicativos, ou ainda, existir uma política de acesso que exija a todos
funcionários o uso de uma senha forte, dificultando que hackers usem
processos de quebra e permitam o vazamento de informações confidenciais.

Um
segundo ponto importe é a fragmentação existente entre diferentes tipos
de sistemas operacionais e modelos de dispositivos. Agora, combine
todas essas variáveis de ecossistema à grande expectativa por parte de
seus usuários.

Segundo
o Xamarin Mobile Business User Survey de 2015, cerca de 65% dos
usuários irão abandonar o aplicativo após duas experiências
insatisfatórias, enquanto 8% deixarão de usá-lo imediatamente.

Percebemos
que, para permanecerem competitivas e relevantes no mercado, as
empresas precisam não só atender suas próprias expectativas, como também
excedê-las e, além disso, estar a par das inovações e novas tecnologias
de modo a proporcionar a melhor experiência possível ao cliente. Com
certeza, é algo que ajuda as empresas a estabelecerem uma vantagem em
relação ao mercado e seus concorrentes. Por isso, a estratégia das
tecnologias usadas e seus processos internos devem ser muito bem
planejadas.

Mas
como ter excelência em um cenário tão caótico? Como entregar um produto
de forma rápida se o processo interno é tão burocrático? A resposta é:
DevOps.

Existem
várias definições sobre o que é DevOps. Muitos entendem como uma
ferramenta ou como a simples união de responsabilidade de um
desenvolvedor somada à operação/infraestrutura. Podemos classificar as
práticas DevOps em quatro pilares:
cultura (Transparência/ Integração/ Comprometimento); automação
(Deploy/ Controle/Monitoração/ Gerência de configuração/ Orquestração);
avaliação (Métricas/ Medições/Performance/ Logs e integração) e
compartilhamento (Feedback/ Comunicação).

A
colaboração é uma parte crítica do sucesso do DevOps e isso será
possível apenas se houver confiança mútua em todas as equipes e pessoas
envolvidas. Podemos afirmar que, para abraçar a cultura DevOps, é
preciso que haja um forte apelo para unir pessoas e times. Promover uma
atitude colaborativa entre os membros da equipe também ajuda a melhorar a
confiança e empatia, possibilitando que as pessoas se sintam motivados a
experimentar coisas novas. Experimentar, falhar e promover uma cultura
de ciclos de feedback rápidos permitirá uma evolução contínua do grupo
e, assim, a melhora dos processos internos em conjunto com a melhoria do
produto.

No
quesito das tecnologias que irão dar suporte ao processo, vemos que
existem atualmente muitas opções de ferramentas e frameworks para
construção de aplicativos móveis. Mas a multiplataforma, de código
compartilhado e alta performance, denominada Xamarin, vem ganhando o
mercado de aplicativos iOS e Android.

O
Xamarin foi considerado um produto visionário no Quadrante de
Plataformas de Desenvolvimento de Aplicações Móveis por três anos
consecutivos no Gärtner e, após ser comprado pela Microsoft, os
problemas e custos relacionados ao licenciamento extra deixaram de
existir.

E
não parou por ai. A Microsoft, por exemplo, aliou mais dois produtos
importantíssimos à plataforma: o Test Cloud, que permite que um teste
escrito pelo desenvolvedor possa ser executado em vários modelos de
dispositivos, quantas vezes forem necessárias, reduzindo o tempo de
teste e tornando possível entregar algo mais maduro para o cliente. Já o
HockeyApps entra como chave-mestra para disponibilizar o aplicativo
para testadores beta/alfa sem ter a burocracia das lojas de aplicativos.
E mais, aliado ao SDK do mesmo, é possível ainda coletar erros e
feedbacks durantes os testes.

Levando
em conta a competividade, atualmente as empresas vêm buscando processos
que agilizem sua entrega, atenuem seus riscos e antecipem o feedback
dos usuários. É bem interessante ver como a cultura DevOps responde a
esses desafios e como plataformas como Xamarin vêm amadurecendo para
ajudar as empresas a suportar seus processos internos e a lançar seus
aplicativos corporativos para dispositivos móveis.

 

(*) Diego Cardoso é Software Engineer na GFT

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