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Milhões de carros com sistema sem chave estão sob o risco de serem hackeados, diz relatório

Dezenas de milhões de carros estão vulneráveis em razão de seus sistemas de entrada sem chave, de acordo com relatório de especialistas em segurança. Segundo o documento, muitos dos 100 milhões de veículos Volkswagen vendidos ao longo dos últimos 20 anos são vulneráveis e podem ser hackeados usando ferramentas que custam nada além de 30 libras.

Os modelos Audi, Seat e Skoda vendidos desde 1995 também podem ser afetados pela vulnerabilidade já que eles compartilham o sistema de entrada de keyless remoto da Volkswagen. Modelos Alfa Romeo, Citroen, Fiat, Ford, Mitsubishi, Nissan, Opel e Peugeot também apresentam risco semelhante, afirmam os pesquisadores.

A descoberta foi feita por três pesquisadores da Universidade de Birmingham, na Inglaterra. Além disso, um quarto especialista da empresa de segurança Kasper e Oswald GmbH, na Alemanha, encontrou vulnerabilidades em modelos mais recentes, como o Audi Q3. Eles disseram que é possível que todos os carros do Grupo VW, com exceção de alguns Audis estejam vulneráveis a ataques, porque eles dependem de um regime de ‘chave constante’.

De acordo com os pesquisadores, o ataque funciona por “espionagem” no sinal enviado quando um motorista pressiona sua chave fob para desbloquear o carro. Com o equipamento, que custa 30 libras, o sinal e ser clonado e o hacker pode acessar o carro. Para clonar o sinal da chave do ataque não é necessário mais do que 100 metros de distância do veículo.

O coautor do relatório Flavio Garcia disse acreditar que alguns dos carros que podem ser hackeados ainda estão no mercado. Ele afirmou à Reuters: “Há ainda alguns modelos de automóveis VW sendo vendidos que não estão na mais recente plataforma e que permanecem vulneráveis a ataques.”

Os pesquisadores disseram que as únicas exceções eram carros construídos na mais recente plataforma de produção MQB da Volkswagen, que é usado em seu modelo mais vendido, o Golf VII, que os pesquisadores descobriram que não tem a falha.

O porta-voz da VW Peter Weisheit disse que o Golf atual, modelos Tiguan, Touran e Passat não estão em risco de ataque. “Essa geração atual não é atingida pelos problemas descritos.”

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